São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
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Brasil é uma das prioridades da United

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA ENVIADA ESPECIAL A CHICAGO

A disputa pelos brasileiros que viajam de avião vai se acirrar nos próximos meses: a United Airlines, a maior companhia aérea do mundo por faturamento, elegeu o Brasil como um dos nove países nos quais vai concentrar esforços para oferecer melhores serviços.
O primeiro passo concreto nesse sentido foi dado com a assinatura, em abril, depois de 18 meses de negociações, de um acordo para que a Varig se incorpore ao Star Alliance -grupo de cinco companhias aéreas, do qual a United faz parte.
A associação, que não envolve compra de participação no capital das empresas, já começou a funcionar entre United, Lufthansa, Air Canada, Thai e SAS. A Varig entra no sistema em outubro.
O objetivo da United é tentar atrair um número maior de passageiros que viajam muito a trabalho e podem escolher a companhia aérea, explica David Coltman, vice-presidente de marketing.
Coltman e mais nove executivos da United, liderados pelo "chairman", Jerry Greenwald, explicaram os detalhes da estratégia de crescimento da empresa para um grupo de 60 jornalistas de 18 países reunidos em maio em Chicago, onde fica a sede da companhia.
Quase todos esses executivos assumiram seus cargos em abril de 1995 como consequência da reestruturação da empresa, depois que funcionários viraram acionistas.
O que eles querem
"Duas das nossas principais metas eram voltar a ser uma empresa altamente competitiva e ter lucros para distribuir para todos os acionistas", explicou Greenwald.
A partir dessas metas, a empresa passou a investir mais em pesquisas para tentar descobrir o que os passageiros querem -melhores serviços, segurança, maior número de conexões.
A empresa reconhece hoje que a imagem das companhias aéreas e da própria United é ruim junto ao público. "Os consumidores não acreditam nos anúncios e promessas delas", diz Coltman. Por isso, a United está mudando seu enfoque nas campanhas publicitárias.
"Nos últimos 30 anos, as companhias aéreas prometeram mais do que cumpriram", afirmou o "chairman" da United.
Outro princípio da companhia é de que todas as rotas devem ser lucrativas. "Se uma rota não estiver oferecendo lucros, vamos mudá-la", afirmou Greenwald.
Essa estratégia está aparentemente dando certo: a United cresceu mais do que a média das outras companhias aéreas nos dois últimos anos. Greenwald prevê uma expansão de cerca de 3% para os próximos anos.

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