São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
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Michael Jordan deixa Al Capone no banco

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA ENVIADA ESPECIAL A CHICAGO

Não há dados concretos, mas a Prefeitura de Chicago calcula que pelo menos 20% dos visitantes consideram o Chicago Bulls -que conquistou na sexta-feira seu quinto título da NBA nos anos 90- uma das principais atrações.
Cada um dos jogos do mais famoso time de basquete do mundo atrai centenas de turistas de outras cidades, número que é multiplicado nas finais da NBA.
Todas as lojas de departamentos da cidade, dezenas de lojas menores, livrarias e supermercados vendem suvenires do Chicago Bulls, especialmente camisetas com o número usado por Michael Jordan, autor de 39 dos 90 pontos que os Bulls fizeram contra o Utah Jazz, na final de sexta-feira.
A mística do Chicago Bulls tem ajudado a prefeitura da cidade na sua verdadeira obsessão de tentar acabar com a fama de uma Chicago violenta, criada nas décadas de 20 e 30, com o grande número de gângsteres, e ampliada com os problemas raciais na década de 60.
Essa preocupação é tão grande que um guia oficial editado pela prefeitura diz: "Lembre-se: quanto menos você conhece Chicago, mais você pensa sobre Al Capone. Ele pertence ao passado".
A postura oficial não é obedecida por todos. Algumas agências de viagem oferecem excursões pelos principais pontos de referência sobre a época dos gângsteres.
A cidade também procura ressaltar as conquistas das minorias (cerca de 20% da população é negra), como o fato de ter sido a primeira a eleger um negro, Harold Washington, cujo nome foi dado à nova biblioteca de Chicago.

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