São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Financiador de Clinton é cotado para assumir posto no Brasil Lee Godfrey pode ser escolhido novo embaixador no país CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
As primeiras reações de meios de comunicação norte-americanos à ainda não confirmada escolha mostram que ela será controvertida e talvez possa causar mais danos do que benefícios às relações binacionais, ao menos no início. Segundo o jornal "The Washington Post", Godfrey e outros três texanos estiveram, juntos, com Bill Clinton na Casa Branca em 23 de agosto de 1996, num dos agora célebres cafés organizados com o objetivo de reunir grandes contribuintes da campanha pela reeleição do presidente. Os quatro estão na lista de possíveis embaixadores dos EUA a serem indicados nos próximos meses por Clinton. Além de Godfrey para o Brasil, Arthur Schechter, também advogado, para as Bahamas, Stan McKelland, executivo da área de energia, para a Jamaica, e o empresário Lyndon Olson, para a Suécia. Outra advogada texana e doadora para a campanha de Clinton, Kathryn Hall, é tida como futura embaixadora em Viena. A interpretação que o "Post" dá ao episódio pode não ser certa mas é inevitável: em troca de US$ 643 mil que os cinco texanos deram para a campanha, eles estão recebendo cobiçados postos diplomáticos. Mas se os governos dos países premiados com esses embaixadores também interpretarem a escolha dessa forma, os efeitos diplomáticos poderão ser ruins. Antes de surgir o nome de Godfrey, desconhecido nos círculos que lidam com o Brasil em Washington, os mais comentados para assumir o posto de Brasília a partir de outubro eram os de dois diplomatas de carreira: Luigi Enaudi, da equipe de planejamento político do Departamento de Estado e representante dos EUA na comissão internacional que fiscaliza a questão fronteiriça entre Peru e Equador, e Myles Frechette, atual embaixador em Bogotá e ex-cônsul-geral em São Paulo. Muitos especialistas em Brasil em Washington defendiam a conveniência de Clinton aproveitar a mudança do embaixador em Brasília para "afagar" o país com um importante nome político, a exemplo do que pretende fazer com o México, para onde vai tentar enviar o atual governador de Massachusetts, William Weld. Texto Anterior: Senado não analisa empréstimo e leilão do Banerj é suspenso Próximo Texto: Requião não citará Covas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |