São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 1997
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Estudante se diz discriminado

RODRIGO BERTOLOTTO; ARNALDO RIBEIRO
DOS ENVIADOS A SANTA CRUZ DE LA SIERRA

"A minha briga não tem nada a ver com a agressão do mês passado. Foi uma briga de torcida. Eu bati e apanhei; na outra, foi só o Mauro que bateu."
Assim Giovano Rocha Spalatti, nascido em Cuiabá, comparou os dois incidentes envolvendo a comunidade estudantil brasileira em Santa Cruz de la Sierra.
Giovano está preso na Polícia Técnica Judicial, em Santa Cruz.
Na manhã de ontem, recebeu a visita de um diplomata brasileiro -ele receberá a assistência do advogado Alfredo Añez.
"Os estudantes brasileiros sofrem muita discriminação na Bolívia. Eles vivem nos xingando na rua", afirmou Spalatti.
Segundo ele, os policiais que o detiveram deram tapas nele. "Levei tapa de um sargentinho, enquanto me dizia 'toma brasileiro agressor de boliviano"'.
"Os jornais e televisões daqui vão fazer muito sensacionalismo com caso", disse Spalatti.
Na semana passada, o estudante de medicina Mauro Salas de Moraes foi libertado depois de ficar quase um mês detido. Ele está em liberdade condicional e responde por lesões leves.
O consulado brasileiro lançou antes do início da Copa América o "Guia do Torcedor", com o principal objetivo evitar incidentes envolvendo brasileiros na Bolívia.
A preocupação se justifica. Existe um clima hostil entre brasileiros e bolivianos em Santa Cruz de la Sierra.
(RB e AR)

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