São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997
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Ninho de cobras

Os líderes do PMDB têm feito repetidas reuniões para discutir os rumos do partido nas eleições do ano que vem.
Uma ala deseja apoiar a reeleição de FHC. Outra quer o lançamento de um candidato próprio a presidente.
Na semana passada, quase todos os caciques do partido se reuniram em Brasília na casa do presidente da Câmara, Michel Temer (SP).
As discussões sobre cargos foram acaloradas. A certa altura, o baiano Geddel Vieira Lima, que defende apoio a FHC, disparou:
- Graças a Deus fui eleito líder do partido na Câmara.
Um senador que ouviu a frase não resistiu e comentou:
- Isso é uma blasfêmia!
- Por quê? - perguntou um colega que estava próximo.
- Porque ACM (PFL-BA) ainda não é Deus - respondeu o senador, para deleite de Roberto Requião (PR) e Ronaldo Cunha Lima (PB), que ouviam o diálogo com curiosidade.

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