São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997
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'Motoristas não vão sobreviver'

DA REPORTAGEM LOCAL

Trabalhando há 17 anos como taxista em São Paulo, José Maria da Silva diz ser contra a proposta de reduzir a bandeirada durante o rodízio de veículos.
"Na hora de comprar uma peça e de fazer a manutenção do carro, ninguém abaixa o preço para a gente. Nosso custo é muito alto e seria inviável reduzir em R$ 2 nosso ganho em cada corrida. Desse jeito, muitos motoristas não teriam como sobreviver", afirmou.
Caso os taxistas de frota decidam acatar a redução, Silva acredita que haverá briga. "O preço não pode ser estabelecido em um leilão, pois seria uma bagunça. Há regras e leis que disciplinam isso."
Segundo ele, é mais fácil para os motoristas de frota reduzirem a bandeirada, já que são funcionários contratados que ganham um piso salarial, independentemente do número de viagens realizadas durante o dia.
"Com o desconto, o pessoal de frota não perderia tanto. Mas para nós esses R$ 2 fazem grande diferença", disse Silva.

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