São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997 |
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Boris Casoy pode deixar o 'TJ Brasil' já no dia 30
CRISTINA PADIGLIONE
O contrato com a Record está pronto e inclui cláusulas que garantem ao jornalista apartidarismo político e religioso. Leia, a seguir, alguns trechos da entrevista de Casoy à Folha: * Folha - O que o seduziu na proposta da Record? Boris Casoy - A proposta é profissionalmente tentadora sob o aspecto de remuneração. É um desafio. Em termos de apresentação de telejornal, é parecida com a do SBT. Além disso, fui convidado para fazer um talk-show. Ainda não temos o formato. Será um talk-show de fim de noite e semanal, que pode passar a ser diário. Folha - O Silvio Santos não fez contra-proposta? Fala-se em R$ 150 mil mensais... Casoy - Prefiro não revelar números. Fez proposta, sim, mas eu preferi buscar novos caminhos profissionais. Não quero leilão. Minha decisão não tem nada contra o SBT. Eu devo ao SBT. Minha relação com a diretoria e com o Silvio Santos, nesses nove anos, é muito positiva. Folha - Você não teme restrições editoriais na Record? Casoy - A Record quer fazer um jornal independente, apartidário, sem nenhum tipo de discriminação de caráter político ou religioso. É esse o acordo, verbal e garantido por contrato. A Record busca um jornalismo de credibilidade, e é isso que eu fui convidado a fazer. Quando entrei no SBT, as perguntas eram iguais. E nós fizemos o "TJ" sem que jamais houvesse qualquer interferência do Silvio Santos, como preconizavam. Folha - Qual é o prazo do contrato? Casoy - Dois anos e meio. Folha - Dia 30 de junho pode ser seu último dia no SBT? Casoy - É possível, mas dependerá da rescisão com o SBT. Folha - A Record chegou a falar em telejornal de fim de noite. Casoy - Não é esse o combinado. Será no horário nobre. Texto Anterior: Funcionários do TRE têm prevenção de hipertensão Próximo Texto: Sítio arqueológico pode atrasar metrô Índice |
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