São Paulo, quinta-feira, 19 de junho de 1997
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Esclarecimento; Separatismo paulista; Edições especiais; Cuba e cubanos; Eleição francesa; Rodízio; Avanço insuficiente; Obsessão; Agradecimento

Esclarecimento
"Penso que é preciso esclarecer a inclusão de meu nome na reportagem publicada por essa Folha listando os parlamentares que aguardam autorização da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados para responder a processos judiciais.
Eu, por mais de uma vez, tentei, em vão, abdicar de minha imunidade parlamentar para responder ao 'crime' de que me acusam.
Como expliquei à repórter Luíza Damé, que me procurou, realmente foi aberto um processo contra mim na Justiça, em 1992, pelo sr. Renato Botto, à época coordenador da Fundação Nacional de Saúde no Estado de Pernambuco.
Como deputado estadual, denunciei-o por improbidade administrativa e outros desmandos. Botto acabou exonerado do cargo, mas achou por bem processar-me por injúria, calúnia e difamação."
Humberto Costa, deputado federal pelo PT-PE (Brasília, DF)

Separatismo paulista
"Foi com surpresa que lemos em 16/6 reportagem intitulada 'Municípios querem rachar Estado de SP'.
Inicialmente esclarecemos que a região do Vale do Ribeira, da qual Registro é sede de governo, é composta por 15 municípios e não está integrada ao movimento separatista, que surgiu na região de Capão Bonito.
Surpreende-nos a pretensão desse movimento, que quer compor São Paulo do Sul com 55 municípios que, somados os impostos, rendem ao Estado de São Paulo apenas 0,6% de sua arrecadação, enquanto obtiveram do governador Mário Covas, no ano passado, 1,8% de repasses.
Por esses números, se o Estado de São Paulo do Sul for criado, será ainda mais pobre, pois perderá, de pronto, os recursos repassados pelo governo do Estado, que, é bom ressaltar, representaram 300% sobre a arrecadação regional.
Consideramos que a discussão sobre a criação de um novo (e pobre) Estado não pode se sobrepor a uma discussão muito mais importante e fundamentada, que é a necessidade de que as lideranças políticas dos 55 municípios se unam e fortaleçam a luta pelo desenvolvimento regional, discutindo junto aos governos estadual e federal o estabelecimento de linhas de crédito diferenciadas para que indústrias possam ser atraídas para a região."
Samuel Moreira da Silva Júnior, prefeito de Registro (Registro, SP)

Edições especiais
"Em nome da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, quero agradecer a cobertura magnífica dispensada ao evento de lançamento dos livros de Lya Luft, Lygia Fagundes Telles e Nélida Piñon, em edições especiais da universidade.
Lamento apenas o artigo destemperado de Marilene Felinto, a nosso ver totalmente injusto com a obra e a carreira de três grandes escritoras brasileiras, apreciadas e premiadas não só em nosso país, mas no mundo inteiro."
Ursula Margarida Simon Karsch, presidente da Comissão Geral de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (São Paulo, SP)

Cuba e cubanos
"As declarações do embaixador Itamar Franco -na recente assembléia da OEA efetuada em Lima- a favor da 'plena reintegração' da Cuba comunista no sistema interamericano padecem de notória parcialidade pró-castrista.
O diplomata brasileiro, ao mesmo tempo que defende a concessão gratuita de enormes vantagens ao governo comunista de Cuba, omite qualquer palavra de censura em relação a um regime que viola sistematicamente os direitos de Deus e de 11 milhões de nossos irmãos cubanos.
Um regime que continua alentando guerrilhas na Colômbia e no Peru e inspirando líderes de movimentos como os dos sem-terra, no Brasil, que tentam provocar conflitos sociais e luta de classes.
O grande esquecido é mais uma vez o povo cubano, escravizado, abandonado à sua sorte por tantos dirigentes ocidentais.
Enviamos um apelo ao presidente Fernando Henrique para que, dando um exemplo ao mundo inteiro, impulsione a nível internacional uma 'opção preferencial' pelo povo cubano, e não pelo seu tirano."
Sergio F. de Paz, diretor da Cubanos Desterrados (Miami, Flórida, EUA)

Eleição francesa
"O deputado, economista e diplomata Roberto Campos, admirável pela força argumentativa de suas análises, teria sido mais feliz na consideração da recente vitória socialista na França se houvesse lido, antes, o artigo de Ignacio Ramonet, publicado na mesma edição da Folha (8/6).
Com efeito, o panorama político que ora se configura naquele país responde, em grande medida, aos erros do governo expressamente liberalizante de Chirac que, pior dos efeitos, elevou o desemprego a nível recorde.
Uma "linha Maginot econômica", postulada por Roberto Campos, talvez não traduza, verazmente, as demandas representadas na eleição de Jospin.
Nem sempre os fatos permitem a imposição de modelos teóricos lapidados em solitária e, quiçá, gasta proa."
Sérgio Luís Rizzo Dela-Sávia (São João del Rei, MG)

Rodízio
"Sr. Feldmann, o sr. tem uma procuração, em branco, assinada por mim na última eleição, quando depositei o meu voto, que contribuiu para o vosso mandato. Não seria mais inteligente restabelecer a vistoria física dos veículos (como antigamente)? Tenho certeza que a frota poluidora seria reduzida em, pelo menos, 50%.
Faço um apelo. Fique um dia nas ruas de São Paulo e verá que a solução é simples: fiscalização honesta e vistoria física, quando do licenciamento do veículo."
Flávio Rodrigues da Silva (São Paulo, SP)

Avanço insuficiente
"Quando os epígonos esquecem o que escreveram, parece-me perfeitamente compreensível. Afinal, eram apenas epígonos.
Mas quando também esquecem o que leram dos mestres dos quais eram epígonos isso já me parece menos compreensível e até mais perigoso.
Denunciar, agora, que invasões, ocupações e saques não são movimentos espontâneos, mas frutos de uma baderna institucionalizada representa um avanço na postura imobilista do governo, mas ainda não é o suficiente para garantir a indispensável segurança jurídica de que toda sociedade civilizada necessita debaixo do império da lei e da ordem."
João Baptista Albano de Almeida (São José do Rio Preto, SP)

Obsessão
"Essa obsessão paranóica em se reeleger lembra o golpe do Estado Novo, perpetrado por Getúlio Vargas.
Os poderes Judiciário e Legislativo são manipulados como fantoches, com pulso férreo, transformando o Estado de Direito numa figura de retórica.
A cúpula do governo está podre. A nação, desencantada, tem de aspirar os miasmas deletérios que exalam de Brasília, empestando todo o país."
Antonio Dõnatz Ribeiro da Silva (Curitiba, PR)

Agradecimento
"Gostaríamos de expressar nossa satisfação e agradecimentos pela reportagem veiculada em 12/6, onde a FOS (Federação de Obras Sociais) foi assunto em um dos cadernos."
Gino Pereira dos Reis, presidente da FOS -Federação de Obras Sociais (São Paulo, SP)

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