São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 1997 |
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Vendas de eletroeletrônicos têm queda de 7,66% em maio Eletroportáteis tiveram maior recuo (26,09%), diz a Eletros CLAUDIA GONÇALVES
Na comparação com maio de 96, o declínio foi de 5,99%. É a primeira queda nas vendas ocorrida neste ano em todas as linhas de eletroeletrônicos. A linha que apresentou o maior declínio nas vendas no comparativo abril/maio foi a de eletroportáteis: 26,09%. As linhas branca e de imagem e som caíram, respectivamente, 11,14% e 3,52%. A Eletros estima que o faturamento real das indústrias do setor tenha caído 6% nos cinco primeiros meses deste ano com relação ao mesmo período de 96. Segundo Roberto Macedo, presidente da Eletros, a "marcha a ré" do setor ocorreu porque os fatores que estimularam o aumento da demanda após o Plano Real -como o crescimento da renda das classes mais pobres e a expansão dos prazos do crediário- já completaram seus efeitos. "Daqui para a frente, a demanda por eletroeletrônicos só deve aumentar com o crescimento da renda, do nível de emprego ou com a expansão dos investimentos. Mas não estávamos esperando um declínio para este mês, e sim a estabilidade", diz Macedo. Ele afirma que a tendência de queda deve se manter até junho ou, no máximo, até agosto -além de puxar a importação de componentes eletrônicos para baixo. Apesar do desaquecimento do setor em maio, os cinco primeiros meses de 97 apresentam um crescimento de 6,14% nas vendas -percentual modesto se comparado com os obtidos durante os anos pós-Real. De 95 para 96, por exemplo, as vendas realizadas no período de janeiro a maio cresceram 30,35%. Preços reais Em todo o período pós-Real, as reduções nos preços (deflacionados pelo IPC da Fipe) foram de 41,60% para os produtos de imagem e som, 22,62% para os eletroportáteis e 19,67% para os da linha branca. Dados da Eletros mostram ainda que a grande maioria dos produtos eletroeletrônicos teve aumento superior a 50% no número de unidades vendidas quando comparados os triênios pré e pós-Real. Os produtos cuja venda aumentou mais durante o triênio pós-Real (de julho de 94 a julho de 97, estimando-se para junho e julho deste ano os mesmos volumes de venda de maio passado) foram os fornos de microondas (206%), videocassetes (187%), sistemas de som (144%), TVs em cores (125%) e lavadoras automáticas (107%). Texto Anterior: Fabricantes não aprovam estratégia Índice |
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