São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 1997
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Ministro faz duras críticas

AUGUSTO GAZIR
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pelé atacou ontem, em depoimento na Câmara, os presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e da Fifa, João Havelange.
"O que acontece hoje na CBF é um absurdo. O presidente da CBF não dá nenhuma informação aos clubes. Nunca um clube recebeu um relatório dizendo para onde foi o dinheiro da publicidade, por exemplo. Precisa ter clareza", disse.
O presidente da subcomissão, Eurico Miranda (PPB-RJ), concordou com Pelé. "Não há transparência nas contas da CBF."
Pelé afirmou que Havelange serve de "escudo" para o presidente da CBF e dá "respaldo" a suas atitudes. "Lamento isso, porque acho que João Havelange foi um brasileiro que mudou a maneira de se administrar futebol no mundo. Mas, por outro lado, ele colaborou para que coisas não muito corretas acontecessem na CBF", disse.
Pelé defendeu que os clubes se transformem em empresas e criem uma federação nacional de futebol.
Para o ministro, as irregularidades cometidas por dirigentes da CBF são repetidas por diretores de clubes.
O presidente da Fifa, João Havelange, não foi localizado pela Folha. Ricardo Teixeira não quis comentar as declarações de Pelé.
O Ministério dos Esportes está elaborando um projeto de lei para transformar os clubes em empresas e dar independência às comissões de arbitragem.
Eurico Miranda, que pediu desculpas a Pelé por "algum excesso" que tenha cometido, afirmou que a subcomissão deve convidar o colunista da Folha Juca Kfouri para debater com os deputados sobre a CBF e as arbitragens.
(AG)

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