São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997 |
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Ponte dos Remédios pára SP de novo MARCELO OLIVEIRA MARCELO OLIVEIRA; LUCIANA BENATTI
O choque de um caminhão contra as escoras de sustentação da ponte dos Remédios (zona noroeste de São Paulo) fechou por seis horas e trinta minutos uma faixa da pista local da marginal Tietê, sentido Lapa/Penha, causando congestionamento de 17 km na rodovia Castelo Branco. O acidente ocorreu às 4h40 de ontem. Foi o primeiro acidente na ponte dos Remédios desde sua interdição, devido a uma rachadura, em 3 de junho. O motorista Pedro César Dias Gonçalves, 38, dirigia um caminhão Mercedes Benz, carregado com açúcar, pela faixa direita da pista local da marginal Tietê, no sentido Lapa/Penha. Ele disse a policiais de trânsito que não viu a proteção de concreto, que permanece iluminada durante a noite, sinalizando a presença das escoras sob a ponte. Antes dos protetores de concreto, colocados a 25 m de distância das escoras (veja quadro), há mais 300 m de sinalização, por meio de faixas e obstáculos na pista e placas indicando redução de velocidade para 40 km/h. A colocação das escoras sob a ponte foi uma medida de segurança para apoiar a estrutura durante a realização da protensão da ponte (amarração das estruturas com cabos de aço). A pista local da marginal Tietê, no sentido Lapa/Penha, perdeu uma faixa com a colocação das escoras. Antes eram três, agora são duas. As faixas também ficaram mais estreitas. A largura caiu de 3,6 m para 3,5 m. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que mantém funcionários de plantão no local, a sinalização luminosa funcionava perfeitamente no momento do acidente. O choque fez a proteção de concreto atingir a escora, que girou no próprio eixo, saindo de sua posição original, bloqueando a faixa parcialmente, impedindo a passagem de veículos. Pedro saiu ileso do acidente. O choque destruiu parcialmente a sinalização luminosa e a frente do caminhão. Interdição A faixa direita da pista local da marginal foi interditada no sentido Lapa-Penha. Às 10h10, operários da Mills do Brasil, empresa que monta estruturas tubulares, começaram a desmontar a escora. Por causa do trabalho, a segunda faixa da pista local da marginal foi interditada no mesmo horário. Segundo o engenheiro Rogério Bregaglio, da Mills, a escora não caiu sobre a pista por que absorveu o impacto da batida. Segundo Bregaglio, para evitar maiores transtornos ao trânsito, a Mills optou por desmanchar a escora atingida. À noite, seria construída uma escora substituta. Com a interdição da pista local, a Polícia Rodoviária Estadual implantou um desvio na Rodovia Castelo Branco, impedindo a passagem de veículos para a marginal Tietê. Todo o tráfego da rodovia foi escoado para a marginal Pinheiros, que ficou congestionada. Entre 7h e 11h, houve 17 km de lentidão na pista interior-capital da rodovia. O desmontagem da escora acabou às 11h10. O tráfego foi liberado nas duas faixas da pista local da marginal. LEIA MAIS sobre os reflexos do acidente na ponte na pág. 3-3 Próximo Texto: Obras não são interrompidas Índice |
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