São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997
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As dez Documentas

Documenta 1 (1955)
O evento foi criado pelo pintor e professor Arnold Bode, que pretendia recuperar o prestígio da Alemanha nas artes plásticas, destruído com a Segunda Guerra, assim como o museu Fridericianum, sede do evento, e apresentar artistas modernos banidos pela ideologia nacional socialista do 3º Reich

Documenta 2 (1959)
O sucesso da 1ª Documenta transforma o evento em uma instituição da cidade, que cria um grupo para geri-la. A 2ª edição privilegia o abstracionismo do pós-guerra e as ruínas do Orangerie abrigam mostra de esculturas

Documenta 3 (1964)
O evento se detém nos grandes mestres do modernismo e não se preocupa em dissecar o assunto. A palavra de ordem era qualidade. No catálogo, Bode fala em "museu dos 100 dias"

Documenta 4 (1968)
A seleção de artistas é feita por 23 comitês. A pintura americana e a arte minimalista dominam o evento. A organização do evento começa a se preocupar com as responsabilidades da mostra

Documenta 5 (1972)
O diretor Harald Szeemann propôs o tema "Questionando a Realidade: Mundos Pictóricos Hoje", mas a mostra funcionou graças a segmentos, como "Individual Mythologies", "Photo-Realism" e "Conceptual Art"

Documenta 6 (1977)
Mídias como cinema, vídeo e fotografia ganham mais espaço no evento, que pretende responder as questões da arte, mas também da sociedade. A obra "Quilômetro Vertical", de Walter de Maria, ficou na cidade

Documenta 7 (1982)
O curador Rudi Fuchs tentou livrar o evento de qualquer conceito artístico teórico e reuniu trabalhos de artistas de várias gerações, privilegiando pintura. A obra "7.000 Oaks", de Joseph Beuys, é desse ano

Documenta 8 (1987)
Manfred Schneckenburger pretendeu mostrar as dimensões históricas e sociais da arte. A mostra organizou larga programação de vídeo e performances. Escultura, arquitetura e desenho interagem no prédio Orangerie

Documenta 9 (1992)
O curador Jan Hoet pretendeu redescobrir a autonomia da arte e do artista. O Brasil se destaca com Waltercio Caldas, Cildo Meirelles, Jac Leirner, José Resende e Saint Clair Cemin

Documenta 10 (1997)
A francesa Catherine David é a primeira mulher a assumir a curadoria do evento. Olha a arte sob uma perspectiva histórica, política e social. Privilegia artistas que os múltiplos aspectos sensoriais da obra de arte. Escalou os brasileiros Hélio Oiticica, Lygia Clark, Tunga e Cabelo

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