São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997
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Evento toma conta da cidade alemã

CELSO FIORAVANTE
DO ENVIADO ESPECIAL A KASSEL

O "X" vermelho maiúsculo sobreposto ao "d" negro minúsculo, símbolo da 10ª edição da Documenta -considerada a mais importante mostra de arte contemporânea do mundo-, está por toda a parte, em táxis, vitrines de lojas, hotéis, ônibus e outdoors, como que a lembrá-lo -tal qual um grande irmão orwelliano- que a partir de hoje a cidade alemã de Kassel está sob o domínio da arte contemporânea.
Mas como o evento tem uma curadora, a francesa Catherine David, esse domínio é questionado, e logo cedo.
Mesmo antes da abertura do evento para o público, já na entrevista coletiva de anteontem, era anunciada a defecção do belga Marcel Broodhaers (1924-1976).
Concessões
Segundo a curadora, foram feitas todas as concessões possíveis à família de Broodhaers, mas ela não concordou com a instalação da obra do belga em frente à do casal inglês Alison & Peter Smithson.
"Aceitamos negociar todos os interesses e conflitos referentes à interpretação e instalação da obra, mas não vou isolá-lo. O resto é folclore, e não me interessa entrar em detalhes sórdidos sobre o assunto", disse Catherine David na entrevista.

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