São Paulo, sábado, 21 de junho de 1997 |
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Gal Costa e Guinga dão show previsível Mantiqueira apresenta versões primorosas LUIZ ANTONIO RYFF
É possível Gal Costa fazer um show ruim? O mesmo vale para Guinga, uma das revelações em composição da MPB nos últimos anos, e para a Banda Mantiqueira, que reúne alguns dos melhores músicos de sopro do país. Como era de se esperar foi um bom show com momentos de brilho intenso. Pena que a casa não estivesse cheia para apreciar a primorosa versão de "Insensatez" e a bela leitura de "Linha de Passe" feitas pela Banda Mantiqueira, uma excelente big band de MPB. Não que o show não tenha tido falhas. No Palace, problemas com o som são uma tradição. O principal prejudicado foi Sérgio Santos. No começo de sua apresentação, em "Samba e Futebol", seu violão estava pouco audível, soterrado pelos metais. Sérgio também parecia tenso ao dividir o palco com Guinga em "Saci", em que ele poderia ter cantado de forma um pouco mais contida -como fez Guinga. No saldo final, Sérgio desperdiçou uma chance de mostrar que tem boa voz, canta direitinho, é afinado e faz boas músicas. Admirado pela crítica e pelos colegas, mas pouco conhecido do público, Guinga aproveitou a sua chance. Com o saxofonista Proveta, líder da Mantiqueira, ele fez um comovente dueto em "Choro pro Zé" e mostrou suas belas composições, como "Catavento e Girassol" (letra de Aldir Blanc). Com Gal, Guinga tocou "Chega de Saudade" com um improviso emocionado de "Águas de Março". E Gal, como sempre, esteve perfeita, comprovando ser a melhor cantora do país. (LAR) Texto Anterior: Titãs mostram seu 'Acústico' em SP Próximo Texto: Pompéia anoitece ao som de orquestras Índice |
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