São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997
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Academia brasileira dispensa a pesquisa

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Perfil depende da instituição
Para contornar distorções nos resultados globais da pesquisa, decorrentes da heterogeneidade da população que compõe a categoria "profissional acadêmico", o capítulo sobre o Brasil do livro da Fundação Carnegie faz uma série de restrições aos dados.
"Se pegarmos só dois elementos -ter um título de doutor e um emprego em tempo integral- como condição principal de pertencer à profissão acadêmica, então apenas 30% dos entrevistados estão adequados", afirma o texto.
"O que vai determinar mais o perfil do profissional é o tipo de instituição à qual ele é ligado."
Nessa perspectiva, 46% dos professores estariam "fora da definição de profissional acadêmico" -seja porque têm emprego em tempo integral, com estabilidade, mas sem título de doutor (caso de muitas universidades federais), seja porque têm titulação, mas emprego em tempo parcial.
Em artigo do ano passado, Balbachevsky refinou ainda mais essas categorias.
Agrupou os professores em três contextos: semi-acadêmico (instituição com mais docentes doutores em tempo integral); semicorporativo (corpo docente com baixa titulação, mas muita estabilidade no emprego); e semi-empresarial (as escolas privadas).
(FR)

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