São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997
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Para consumidor, comparação ficou viável

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo sem exibir a precisão de uma pesquisa, o consumidor brasileiro consegue identificar estabilidade ou até queda nos preços dos alimentos nos últimos dois anos.
A avaliação geral é que, após a introdução do Real, a comparação de preços ficou viável, segundo afirmaram consumidores ouvidos pela Folha durante uma manhã de compras em São Paulo.
Agora é possível comparar preços entre pontos-de-venda ou perceber claramente a variação semanal do custo de um determinado alimento, disseram.
"Os serviços ficaram mais caros, mas os alimentos são o ponto forte do Real", disse.
Para a empregada doméstica Maria dos Santos, 28, ainda hoje os preços de um mesmo produto costumam variar muito. "Tem que pesquisar", afirmou.
Elinai Maria dos Santos diz que já encontrou, num mesmo dia, diferença de até 100% no preço da carne de primeira.
"Existem pequenas variações semanais, mas no geral os preços dos alimentos estão estáveis", disse a aposentada Maria do Carmo, 53.
Ela diz que os preços das carnes, em particular os do frango, ficaram mais baixos, embora o café tenha "subido muito".
Para Raimundo Braga, 58, gerente de uma casa de repouso, se um alimento sobe de preço, sempre há uma promoção compensando. "A gente sempre acaba gastando mais ou menos o mesmo", disse.
Shirley Toffoli, 42, artista plástica, diz que os preços dos supérfluos subiram, mas os produtos básicos ficaram mais baratos.
Sacolão
Os consumidores ouvidos pela Folha afirmam que o sacolão continua sendo o ponto-de-venda em que os preços são menores.
No entanto, muitos preferem os mercados e supermercados, pela facilidade de estacionamento e localização. Além disso, avaliam, a qualidade dos produtos e do atendimento é melhor.

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