São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997
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Novato passa por 'provação'

JOSÉ ALAN DIAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O brasiliense André Gomes, 26, está passando por uma provação na AVP.
Nas dez etapas que disputou neste ano, teve quatro parceiros diferentes.
Sua melhor posição foi um nono lugar, que lhe deu US$ 3.000,00 em prêmios.
" Ainda não achei o parceiro ideal."
A FIVB (Federação Internacional de Vôlei) suspende os atletas que jogam na AVP sem autorização ou aqueles que, autorizados, desrespeitarem a exigência de participarem de apenas quatro etapas.
"Não penso em Olimpíada. Se você ganha é o melhor. Senão, é um bosta."
Leia a entrevista que ele concedeu à Folha, por telefone, de Hermosa Beach, na Califórnia, nos EUA.
(JAD)
*
Folha - Por que você decidiu jogar o circuito da AVP?
André Gomes - Eu viajei para fazer um curso de inglês no ano passado, e um sujeito me chamou.
Como eu não tinha perspectivas no Brasil, nem condições de jogar no circuito mundial, vim para cá. Aqui não tem política. Se você é joga, tá em cima.
Folha - Qual a diferença do circuito dos EUA para o Brasil? Você já se adaptou?
André - O nível aqui não é mole. Minha melhor colocação foi um nono lugar.
Entre 32 duplas, é uma boa posição. Joguei com quatro parceiros diferentes, mas ainda não encontrei o parceiro ideal.
Neste fim-de-semana, vou fazer dupla com um cara chamado Kevin Wong. Quem sabe não acerto?
Folha - Você pretende voltar para o Brasil?
André - Quero disputar o circuito brasileiro, se tiver. Depois, volto para cá.
Folha - Você foi suspenso pela FIVB, o que elimina as chances de, por exemplo, ir a uma Olimpíada. O que pensa disso?
André - Olimpíada é ilusão. Se você ganha medalha, é o melhor do mundo. Se não ganha, é um bosta.
Folha - No aspecto financeiro, valeu a pena?
André - O primeiro é de aprendizado. Mas não posso reclamar de dinheiro.

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