São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997
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Cervejas travam disputa paralela na Copa América

RODRIGO BERTOLOTTO
ENVIADO ESPECIAL A SANTA CRUZ DE LA SIERRA

A Copa América não se disputa apenas com a bola, mas também com o copo. Budweiser (EUA), Brahma (Brasil), Quilmes (Argentina) e Paceña (Bolívia), entre outras, estão em campo, mas com visibilidade e orçamentos diferentes.
Todas cobiçam o mercado latino-americano e há muito tempo a dobradinha futebol e cerveja dá certo.
A Budweiser é a principal patrocinadora da competição, com um gasto por volta de US$ 1,5 milhão.
Com isso, detém o direito de propaganda nos campos, estádios e bastidores da competição.
Isso não impede as outras de se aproveitaram do torneio. A Brahma, por exemplo, promove a festa da torcida brasileira antes e depois do jogo da seleção.
A Folha apurou que a Brahma também foi procurada para entrar com publicidade no estádio Hernando Siles, em La Paz, mas o negócio não foi fechado.
As rivais burlam a exclusividade da Budweiser com patrocínio nas camisas das seleções da Colômbia (Águila), Equador (Pilsener), Peru (Cristal) e Bolívia (Ducal).
Luta continental
A Budweiser está presente nos mercados de 11 dos 12 países que competem nesta Copa América -só o Peru ficou de fora, devido à sua instabilidade política.
A Budweiser é mais forte no Chile, Argentina e Brasil.
O 11º mercado ao qual a Budweiser chegou é o boliviano, onde terá a concorrência da mundialmente reconhecida Paceña, que tem 85% dos consumidores.
Há três anos a Brahma está no país com latas e garrafas descartáveis long neck -as retornáveis são inviáveis, já que teriam de viajar de trem até o Brasil para voltarem cheias- e detém 5% do mercado.
"A Brahma é a única marca que pode lutar pelo mercado latino-americano", afirma Iván Cabezas, representante da Budweiser em Santa Cruz, onde joga o Brasil.
A Brahma já está presente na Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru, Colômbia e Venezuela.
Na Bolívia, patrocina dois times de futebol de salão de Santa Cruz, um deles é o campeão nacional.
"Muitos times daqui, como Oriente Petrolero e Bolivar (último campeão nacional) vieram buscar patrocínio, mas a empresa quer esperar até ter mais consumidores", afirma Marcílio Vargas, diretor-geral da empresa por lá.

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