São Paulo, domingo, 22 de junho de 1997
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

Fura-bolo
Bambambã do traço, Sérgio Led's (foto) gosta mesmo é de pintar o sete na pele -dos outros, é claro. Depois de ter trocado, há 17 anos, telas e aquarelas pela tinta e agulha, o moço virou mestre em tatuar -com estilo e arte- o corpo dos mais modernos da cidade. Em seu estúdio, no Brooklin -onde divide a cena com outros dois profissionais- podem ser escolhidos cerca de 50 mil desenhos. De dragões a símbolos tribais ou cyber, vale tudo. Além de carimbar -com pouquíssima dor, ele garante- gente estrelada tipo Rita Lee, Sérgio se aperfeiçoa mundo afora. E, para mostrar que o Brasil entra definitivamente na onda, arma no final do ano em São Paulo um congresso internacional. Só com feras do ramo.
*
Fina estampa é.....
Pele de mulher.
Com ou sem dor?
Depende do estado de espírito.
O que nunca cicatriza?
A vontade de ter uma tatuagem -e não fazer.
O que você leva a ferro e fogo?
O preconceito.
O que colocaria na boca do dragão?
Maus profissionais.
Quem está precisando de uma boa alfinetada?
Aqueles que não reconhecem a tatuagem como arte.
Como estourar a boca do balão?
Sendo honesto no que se faz.
Arrependimento mata?
Só se não tiver como remediar.
O que sempre cai bem?
Um desenho bonito e discreto.
Como se pinta o sete?
Com agulha e muita tinta.
O que sempre está à flor da pele?
A beleza.
Grande marca é aquela que...
Penetra nas pessoas.
Com quantas agulhadas se faz um bom carimbo?
Depende do desenho.
O melhor ponto para um grande símbolo é...
As costas.
Menino do rio tem dragão tatuado no braço?
E em outras tantas coisas mais.

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