São Paulo, segunda-feira, 23 de junho de 1997
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Justiça condenou em duas ocasiões

ABNOR GONDIM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Paulo César Farias e seus colaboradores sofreram apenas duas condenações judiciais, após serem submetidos durante quatro anos à mais completa malha fina de investigações já realizada no país.
Levantamento da Polícia Federal aponta que PC Farias morreu sem ter sido punido por promover corrupção no governo federal, acusação que provocou a queda do ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992.
"Eles não eram santos, mas nunca foi provado que o dinheiro movimentado por PC não resultou de doações eleitorais", afirma o advogado Nabor Bulhões, que defendeu PC na maioria dos processos resultantes de 121 inquéritos instaurados pela PF.
Em 94, Collor foi absolvido, e PC foi condenado a sete anos e quatro meses de prisão, respectivamente, por falsidade ideológica (criação de "contas fantasmas") e sonegação fiscal (emissão de notas fiscais frias).

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