São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997![]() |
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Revolta atinge Montes Claros e Uberlândia
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM UBERLÂNDIA E EM MONTES CLAROS Policiais militares de duas cidades mineiras se revoltaram com o tiro que atingiu um cabo anteontem em Belo Horizonte.Em Uberlândia, PMs do 17º BPM aquartelaram-se em horários distintos. O comando teve de intervir. Montes Claros ficou literalmente sem policiamento da tarde de terça-feira até a manhã de ontem. Em Uberlândia, o clima ficou tenso no final da tarde no interior da 148ª Companhia de Policiamento Escolar. Cerca de 30 praças recusaram-se a sair do quartel para fazer o policiamento de escolas. Um capitão, enviado pelo comando, estava reunido com os soldados até as 18h, tentando fazê-los ir para o trabalho. No início da tarde, o pelotão de choque do batalhão também parou. Vinte homens que fazem parte do grupo de elite fizeram um protesto na sede do 17º BPM e se recusaram a entrar nos carros. A cidade viveu também duas horas sem policiamento de trânsito. Os militares da 109ª Cia se aquartelaram na companhia. Mais de dez blitze foram suspensas. O impasse só foi resolvido em reunião onde o comandante do 17º BPM, tenente-coronel José Eustáquio de Paiva, explicou que, apesar do confronto em BH, a população em Uberlândia precisava do policiamento no trânsito. Em Montes Claros, os cerca de 600 soldados, cabos e sargentos da cidade voltaram ao trabalho, às 11h de ontem, mas continuam em "estado de greve". O retorno deles às ruas só aconteceu depois de muita negociação com os comandantes do 3º Comando Regional de Policiamento (CRP) e do 10º Batalhão de Polícia Militar, que distribuíram notas para a imprensa, ameaçando punir os grevistas. Desde a manhã de terça-feira, os policiais que estavam de folga ficaram concentrados dentro do 10º Batalhão. O clima se acirrou no momento em que foi divulgada a notícia de que o cabo Valério dos Santos havia sido baleado em BH. Ontem de manhã, a concentração dos grevistas no pátio do 10º BPM ganhou o reforço de soldados do Corpo de Bombeiros. Decidiram a volta ao trabalho, mas ameaçam parar amanhã, dependendo do resultado das reuniões em BH. Texto Anterior: Raio-X da greve Próximo Texto: Autor de tiro que feriu PM foi identificado, diz polícia Índice |
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