São Paulo, quinta-feira, 26 de junho de 1997
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Família do cabo reza e pede paz

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Os parentes do cabo Valério dos Santos Oliveira, 36, baleado anteontem com um tiro na cabeça durante o confronto, afirmaram ontem que o momento é de paz.
"Houve o tumulto, já aconteceu, mas hoje a situação é diferente. É um dia de paz. Todos nós temos que esfriar a cabeça e nos apegar ao nosso senhor Jesus Cristo. Estamos rezando pelo nosso irmão", disse Wagner Oliveira, irmão do cabo baleado.
Wagner Oliveira afirmou que a situação precisa ser "amenizada", tanto pelo lado dos praças quanto pelo comando da PM. "A nossa família quer que tudo acabe bem. Não deve haver mais confrontos."
Ele disse que muitas manifestações de solidariedade têm chegado ao hospital João 23, onde o cabo Oliveira permanece internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo).
Wagner Oliveira evitou falar sobre o tiro disparado contra o seu irmão. Disse apenas que as imagens das emissoras de TV mostraram que ele pedia calma para os manifestantes.
"Tenho certeza de que o Valério estava ali para conter os seus colegas. Ele é uma pessoa que não procura confusão", disse.
A mulher do cabo, Carmem de Oliveira, esteve ontem pela manhã no hospital. Ela chorava muito e foi levada por parentes para descansar. Evangélico, ele recebe R$ 472,00 por mês na PM. Tem dois filhos e está desde os 19 anos está na PM.

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