São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997
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Crise ameaça base governista

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo no Senado, Elcio Alvares (PFL-ES), disse ontem que a crise entre PMDB e PFL em razão do processo de impeachment pode afetar o entendimento dos partidos que apóiam FHC.
Alvares reconheceu que é difícil comprovar a responsabilidade do vice-governador José Augusto Hulse, também afetado pelo processo que tramita na Assembléia.
Ele usou o exemplo do impeachment do ex-presidente Collor para justificar uma possível permanência de Hulse no poder. Após a saída de Collor, Itamar Franco, então o vice-presidente, dirigiu o país por cerca de dois anos.
Alvares disse que o presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) está preocupado com a crise. O PFL nacional dificilmente fará qualquer interferência para preservar o PMDB em Santa Catarina, conforme apelo levado a ACM por Jader Barbalho, líder do PMDB no Senado.
Barbalho embarcou ontem para Santa Catarina em companhia do presidente nacional do PMDB, deputado Paes de Andrade (CE), do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), e do líder do partido na Câmara, Geddel Vieira Lima (BA).
Em discurso na Câmara, antes de embarcar para Florianópolis, Geddel criticou o PFL e o PSDB. Segundo ele, setores do PFL querem "tomar de assalto o poder que o povo lhes negou" na eleição de 94. Disse que a insistência em afastar o vice pode causar "estremecimento" na base governista.

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