São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997
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Governo indicará melhores investimentos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O esboço de uma nova política industrial para o Brasil será encomendado pelo governo a um consórcio de empresas de consultoria, que terá até maio do ano que vem para indicar as melhores oportunidades de investimento público e privado para o próximo século.
"Eu nunca tive frescura para falar em política industrial, é política industrial com 'i' maiúsculo", disse o ministro Antônio Kandir (Planejamento) ao anunciar o lançamento do edital para a escolha das empresas de consultoria que farão o trabalho.
O ministro não revelou o preço que o governo está disposto a pagar pelo serviço, com duração prevista de oito meses, depois dos três meses que deverá durar o processo de escolha das empresas.
O resultado do trabalho será a base do próximo Plano Plurianual de Investimentos do governo para o período 2000-2004, depois, portanto, do término do atual mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.
'Brasil em Ação 2'
Kandir já apelidou o trabalho de "Brasil em Ação 2", numa referência ao projeto que reúne os 42 programas prioritários de FHC. "Não estamos pensando em reeleição, trata-se de um trabalho institucional de planejamento", insistiu o ministro.
A escolha dos novos investimentos será coordenada pelo Ministério do Planejamento e pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Segundo o ministro do Planejamento, o principal desafio do estudo é garantir ao Brasil condições para disputar o mercado internacional, principalmente a partir de 2006, quando o país enfrentará o grande teste da concorrência, com o fim de privilégios temporários negociados com os parceiros do Mercosul.
Investimentos
O ponto de partida da nova política industrial são os 12 eixos de desenvolvimento definidos no "Brasil em Ação" -áreas escolhidas pelo governo em todo o território nacional para concentrar os investimentos públicos e privados.
Em 1997, estão programados investimentos de R$ 31 bilhões para obras de infra-estrutura e programas sociais listadas no "Brasil em Ação" -a maior parte resultado de investimentos privados, de empresas estatais ou financiamentos externos.
O ministro do Planejamento disse que a nova etapa de desenvolvimento brasileiro também deverá economizar recursos do Tesouro Nacional.
Kandir disse que a intenção do governo é bancar os investimentos necessários à atração do capital privado, a exemplo do que ocorreu em países da Ásia que detém as maiores taxas de crescimento da economia.

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