São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997
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Juniores do Vitória vivem 'apatia caseira'

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA

Campeão de torneios internacionais, time perde Estadual da categoria para Bahia pelo segundo ano seguido

Juniores do Vitória têm 'apatia caseira'
O Vitória, um dos times brasileiros que mais investem em suas divisões de base, não consegue ser campeão em seu próprio Estado na principal categoria de acesso ao profissionalismo: os juniores.
Há uma semana, o Bahia conquistou o bicampeonato estadual da categoria.
Segundo o superintendente de esporte amador do Vitória, Newton Mota, as derrotas para o Bahia em 96 e este ano têm dois motivos.
"A média de idade dos juniores do Vitória é dois anos inferior à do Bahia, e o nosso time também tem como método não reutilizar nos juniores jogadores à disposição dos profissionais."
Na final do Baiano de juniores, por exemplo, o Vitória não utilizou o zagueiro Júnior Tuchê (titular do time principal), emprestado nesta semana ao Palmeiras.
Mesmo perdendo os dois últimos títulos da categoria para o Bahia, o Vitória conquistou importantes torneios que projetaram a equipe no exterior.
O time baiano é bicampeão da Dallas Cup (torneio realizado nos EUA e transmitido para 132 países) e também bicampeão da Copa Phillips, promovida PSV (Holanda).
"Depois das duas conquistas internacionais, o Vitória já recebeu convites para participar de torneios na Alemanha, Itália e Chile", diz Newton Mota.
Segundo ele, o Vitória investe por ano cerca de R$ 1 milhão em suas sete categorias de base -junior (acima de 18 anos), juvenil (17/18 anos), infantil (15), pré-infantil (14), dente-de-leite (13), mirim (12) e pré-mirim (11).
Os resultados alcançados nos últimos cinco anos -desde que a diretoria passou a priorizar as categorias de base- são considerados excelentes pela diretoria.
"Nesse período, o Vitória faturou mais de US$ 10 milhões vendendo atletas formados no clube", disse o presidente Paulo Carneiro.
Entre os jogadores projetados e negociados pelo Vitória estão o goleiro Dida (Cruzeiro), os laterais Rodrigo (Corinthians), Dedimar e Júnior (Palmeiras), o meia defensivo Vampeta (Fluminense) e os atacantes Alex Alves (Cruzeiro) e Paulo Isidoro (Guarani).
Pelo menos dez jogadores utilizados pelo time principal na conquista do título estadual também foram formados no próprio clube.
Em quase todas as seleções brasileiras das categorias de acesso ao profissionalismo, a presença de jogadores do Vitória é uma rotina. Para a seleção sub-17, foram chamados o ala-esquerda Léo, o meia Matusalém e o atacante Tácio.
Integram a seleção sub-20, que disputa o Mundial da Malásia, o goleiro Fábio e o meia Kléber.
No início de 96, a diretoria do Vitória assinou convênios com o Valencia (Espanha) e PSV (Holanda), para intercâmbio de jogadores.

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