São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997 |
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Brasil deixa tática para buscar goleada
MARCILIO KIMURA
O time atingiu a surpreendente marca de 25 gols em quatro jogos, média de 6,25 por partida. Fez dez gols contra a Coréia do Sul (10 a 3) e Bélgica (10 a 0). O sucesso no Mundial da Malásia, o treinador credita ao talento individual dos jogadores, em vez de grandes esquemas táticos. Também técnico das categorias de base do Flamengo, Barroso assumiu a seleção juvenil em 95, foi campeão sul-americano e vice mundial. No ano passado, passou para os juniores e conquistou o vice-campeonato sul-americano. * Folha - Você previa resultados tão fáceis assim na Malásia? Antônio José Fernandes Barroso - Não previa placares tão avantajados assim. Imaginava mais dificuldade neste Mundial. Folha - Essas goleadas se devem ao fraco nível de outras seleções? Barroso - Não acredito que o campeão europeu (França), o vice africano (África do Sul), o campeão asiático (Coréia do Sul) e um time (Bélgica) que desclassificou seleções importantes como Alemanha e Itália tenham baixo nível técnico. Foi mérito de nossos jogadores. Folha - E sua contribuição para a formação da equipe? Você faz algum treinamento especial? Barroso - Não. Treinamos basicamente jogadas ofensivas. Muitos chutes a gol. Folha - O Zagallo também tem um grande ataque e uma defesa ruim e é criticado por isso. Barroso - Mas antes a defesa era boa, e o Zagallo era criticado como retranqueiro. O brasileiro nunca está satisfeito. Mas a competência do Zagallo é indiscutível. Folha - Qual sua opinião sobre o desempenho brasileiro na Copa América da Bolívia? Barroso - Não vi nenhum jogo. Não sei quando passa na TV daqui. Folha - Você acha que o Parreira (técnico na Copa de 94) deveria auxiliar o Zagallo? Barroso - Sim. O futebol brasileiro ganharia com isso. Seriam duas inteligências se somando. Folha - A campanha no Mundial já valorizou seus jogadores? Barroso - Com certeza. Folha - Representantes de clubes estrangeiros já procuraram os seus jogadores? Barroso - A organização proíbe contatos com os jogadores. Folha - Sobre a premiação: a CBF já fixou o valor? Barroso - Não estou sabendo. Mas o melhor prêmio virá com o título: um bom contrato. Folha - Você também vê a possibilidade de treinar um time profissional após o Mundial? Barroso - Sim. Não posso deixar de ganhar a vida. Texto Anterior: Brasil esportivo Próximo Texto: Feminino de Santos e São Paulo abrem a final do Paulistana-97 Índice |
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