São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 1997
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Nórdico é o 'maior do mundo'

FÁBIO MASSARI
ESPECIAL PARA A FOLHA

O Roskilde Festival é grande. Muito grande. Segundo um dos "capos" do "musicbizz" britânico, Vince Power (responsável por alguns dos mais importantes festivais da praça, o Tribal Gathering, o Phoenix Festival e o Reading Festival), o festival dinamarquês é "provavelmente o maior".
Fica, portanto, confortável com o título de "Glastonbury escandinavo" -referência ao talvez único concorrente, o mítico festival inglês de Glastonbury.
Surgido em 1970, o festival faz com que, durante quatro dias, a pacata cidade de Roskilde volte a assumir ares de capital. Dessa vez não mais do país, mas sim de uma comunidade eminentemente norte-européia que celebra a cultura musical do planeta.
Instala-se num dos flancos de Roskilde uma verdadeira cidade paralela de 90 mil pessoas, que esgotam ingressos com pelo menos três meses de antecedência, usufruindo de infra-estrutura pesada.
Há camping gigantesco e organizado (?!), meia dúzia de terminais de banco, postos de correio, canais de transporte exclusivos, atividades culturais (teatro, cinema, exposições, rádio) e esportivas, gastronomia...
Sua marca registrada é a filantropia. No caso do Roskilde, a pergunta "para onde vai a grana?" tem resposta conhecida: cada centavo do lucro do festival vai para "causas humanitárias".
E a música no Roskilde Festival? É um exagero. Tendo o rock como estrutura, o festival atira para vários lados, e faz a alegria de todo mundo. São seis palcos "coloridos" mais a tenda Deeday, servindo como clube local. Mais de 120 bandas, fora DJs e projetos afins.
Um rápido corte transversal no meu mapinha do ano passado: The Fall, Neil Young, Bel Canto (Noruega), Dirty Three (Austrália), Sepultura, Nick Cave, Massive Attack, Black Grape, Underworld, Tindersticks, Jesus Lizard, David Bowie, Patti Smith...

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