São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997
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Bradesco vai investir no RJ

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
EDITOR DO PAINEL S/A

O Bradesco já definiu sua resposta à compra pelo Itaú do Banerj. O banco vai abrir 20 novas agências no Rio até o final do ano.
"A rede do Bradesco no Rio está muito defasada. É a quinta entre os bancos de varejo", afirma Lázaro de Mello Brandão, presidente do Bradesco.
Brandão diz que o banco tinha interesse na compra do Banerj, mas foi se "desestimulando com o andamento do processo de privatização". Por isso, não restou outra alternativa que não a de expandir sua rede própria. O banco vai continuar abrindo agências, especialmente nos mercados paulista e fluminense.
Para Brandão, é certo que vai aumentar a concorrência no setor. 'Vamos afiar ainda mais as garras para enfrentar a concorrência. Até porque não temos outra alternativa."
A velocidade de aumento da concorrência, porém, dependerá do tempo de ajuste do antigo Banerj, já sob a direção do Itaú, e também do tempo de adaptação ao mercado brasileiro do HSBC, que comprou o Bamerindus, e de outros bancos estrangeiros que estão entrando no mercado, caso do Santander.
Para Brandão, o HSBC Bamerindus já está mais agressivo no mercado de atacado (grande clientes e quantias), mas ainda continua um trabalho de rotina no mercado de varejo.
"Afiar as garras" significa, para Brandão, investir em tecnologia -como o banco via Internet-, em serviços e na de concessão de crédito, "que precisa ser desburocratizado".
Brandão exemplificou a desburocratização do crédito com o convênio assinado pelo banco com as concessionárias de veículos -que agiliza o processo usando o sistema de "credit score" (um modelo que serve para medir o potencial de inadimplência).

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