São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997
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Policiamento volta ao normal em Minas

FÁBIA PRATES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Depois de três dias afastados do trabalho, os policiais militares voltaram às ruas de Minas Gerais ontem. As informações são de que todos os batalhões de Belo Horizonte e do interior do Estado funcionaram normalmente.
Segundo o líder dos rebelados, cabo Júlio César Gomes, representantes de todos os batalhões, que haviam concordado com o índice negociado anteontem à noite -48,2% para os soldados, que agora têm piso de R$ 615-, telefonaram ontem informando que estavam trabalhando normalmente.
"Agora está 100% normal. O problema foi totalmente contornado", disse ele.
A adesão ao movimento foi de 75%, segundo ele, entre manifestantes que foram para as ruas e policiais que ficaram parados nos quartéis.
A assembléia de policiais militares, que estava marcada para ontem às 10h, caso não houvesse acordo, não aconteceu.
O assessor de Comunicação da PM mineira, major Rômulo Berbert, confirmou a informação. Segundo ele, os comandantes regionais da PM também telefonaram para informar que todos os policiais que estavam parados haviam voltado ao trabalho.
Os soldados do Exército também deixaram os palácios da Liberdade e das Mangabeiras por volta das 14h. Eles ficaram durante 68 horas nos palácios, garantindo a segurança pessoal do governador.
Mesmo com o acordo tendo sido fechado por volta das 20h da última quarta-feira, os soldados permaneceram por mais 18 horas nos palácios.
Segundo a assessoria de comunicação do Exército em Minas, a permanência dos soldados nos palácios foi uma medida preventiva.
O assessor de comunicação do Exército, coronel Ari Vieira Costa, não informou o efetivo do Exército empregado nessa intervenção.
No primeiro dia, foram utilizados 900 homens. O efetivo foi reforçado com tropas vindas de Sete Lagoas, Santos Dumont, São João Del Rei e Juiz de Fora.
Polícia Civil
A Associação dos Servidores da Polícia Civil, que participou das negociações com PMs e governo, informou ontem que cerca de cem policiais, reunidos em assembléia, aceitaram a proposta de R$ 615 de piso. A entidade tem cerca de 5.000 associados dos 10.500 policiais do Estado.
Segundo o Sindicato da Polícia Civil, porém, seus diretores vão continuar negociando com o governo para conseguir novos aumentos.

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