São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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Viagem grátis; Paranóia brasiliense; Via direta; É o fim do mundo!; Volta ao passado; Câmara on-line; Humildade petista; História oficial; Descanso remunerado; Atraso oportuno; Efeito Arena; Queda-de-braço; Viola no saco; Navio sem lastro; Brincando com fogo

Viagem grátis
FHC deve apoiar o projeto de Guilherme Palmeira (PFL-AL) que regula o uso da máquina administrativa na reeleição. Com alguns ajustes. Julga draconiano, por exemplo, ter que pagar pelo uso do avião presidencial.

Paranóia brasiliense
FHC está intrigado com a localização dos principais problemas com as PMs em Minas, Rio, São Paulo e Pará, Estados sob comando de tucanos. Suspeita de intenção de atingir seu governo.

Via direta
Sérgio Motta continua em alta no Congresso. Exemplo: para falar com FHC sobre a crise da polícia mineira, foi a ele que Paulo Heslander (PTB) recorreu. Nem lembrou de Luís Eduardo.

É o fim do mundo!
Exemplo de sociedade decadente extraído da obra "A Família", do deputado Costa Ferreira (PFL-MA): "O marido, este não poderá, segundo algumas feministas, querer sua esposa e possuí-la, quando esta não desejar".

Volta ao passado
Luís Eduardo entrou em rota de colisão com o relator da lei eleitoral, Carlos Apolinário (SP). Diz que liberar deputados de depositar contribuições de campanha em conta específica é convite ao desvio de dinheiro.

Câmara on-line
A Câmara dos Deputados terá um serviço de correio eletrônico a partir do dia 30. A página da instituição deve estrear na Internet em 15 de julho. Será possível acompanhar os projetos em tramitação pela Casa pela rede.

Humildade petista
O governado Cristovam Buarque (DF), que só fala em prévias para escolher o candidato do PT em 98, tem uma explicação: quer coordenar as primárias petistas. Mas, se Lula não sair candidato, até topa ir para o sacrifício.

História oficial
Versão de um assessor de FHC para a demissão do superintendente da Suframa, Mauro Costa: ele teria quebrado a hierarquia quando peitou o presidente ao reagir contra a demissão.

Descanso remunerado
Argumento usado por líderes governistas para conseguir quórum alto: se votarem tudo até o dia 18, os deputados não precisariam ir a Brasília na última semana da convocação extraordinária. Sem redução da gratificação.

Atraso oportuno
A lei que institui o novo Código de Trânsito está pronta e os acordos para a sua aprovação, fechados. Ela ainda não foi a plenário só para que a Câmara possa mostrar serviço durante a convocação extraordinária.

Efeito Arena
A bancada do PFL deve chegar a 108 deputados nesta semana. Metade da bancada de Rondônia entrará no partido: Silvernani Santos (PPB), Emerson Olavo Pires (PSDB), Expedito Júnior (PL) e Oscar Andrade (PMDB).

Queda-de-braço
A entrada dos deputados de Rondônia no PFL foi uma vitória do senador José Bianco, que quer ser governador em 98 e disputa o controle estadual da legenda com o outro senador do partido, Odacir Soares.

Viola no saco
Os tucanos não apostam mais em grande aumento da bancada em 98. Avaliam que a má imagem dos principais governadores do partido atrapalhará a legenda. Nas contas mais otimistas o partido faria 120 deputados.

Navio sem lastro
Foi FHC quem mandou a Receita Federal jogar duro com a Marinha e impor a fiscalização de seus navios. O presidente achou "arrogante" a reação do ministério à acusação de que seus navios eram usados para trazer contrabando de Miami.

Brincando com fogo
Ao dizer que, "como professor, reprovaria" juiz e promotor no caso do bloqueio dos bens de Pitta, o secretário dos Negócios Jurídicos, Edvaldo Brito, fez o impossível: uniu Tribunal de Justiça e Ministério Público. Contra o prefeito paulistano.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
Do deputado Jurandyr Paixão (PMDB-SP), sobre a aproximação entre o ex-governador Orestes Quércia e deputados federais do PMDB paulista ameaçados de ficar sem legenda nas eleições do ano que vem:
- Nós não precisamos do Quércia. Ele é quem precisa de nós. Ele não ajuda, só atrapalha. Ainda não se livrou da pecha de político corrupto.

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