São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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Isolamento é um dos problemas

DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos problemas para o deficiente ingressar no mercado de trabalho é o baixo grau de escolaridade. Metade dos inscritos no Padef tem apenas o primeiro grau.
Outro fator de desvantagem é o isolamento: muitos deficientes são esquecidos e fechados em casa. "A família, muitas vezes, não colabora", diz Elisabeth Florence Teixeira, assistente social do Naap.
Não é exatamente o caso de Francisco Pizane Neto, 33. Apesar de ter estudado apenas até a quarta série, já trabalhou com o pai, em um laboratório de medicamentos.
Hoje, sua função é outra: ele monta brinquedos e kits para festa no Naap. Seu horário é das 8h às 16h, com intervalo para almoço.
Duas vezes por semana, ele sai mais cedo e joga futebol na Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Diz que "dá para quebrar o galho" como goleiro.
Seu prêmio (salário), de cerca de R$ 60, é passado para a mãe, Marilene Pizane. Ela diz que ele "adora" o que faz e "se sente útil podendo colaborar dentro de casa".

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