São Paulo, domingo, 29 de junho de 1997
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Brasil poupa fôlego por título inédito

ALEXANDRE GIMENEZ
ARNALDO RIBEIRO

ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO; RODRIGO BERTOLOTTO
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTA CRUZ DE LA SIERRA

Seleção enfrenta a Bolívia buscando conquistar pela primeira vez uma Copa América fora de seu território

RODRIGO BERTOLOTTO
A seleção brasileira vai poupar energia e fôlego para tentar vencer hoje, em La Paz, a Bolívia na final da 38º Copa América. A partida começa às 18h (hora de Brasília).
O título é inédito para o Brasil. A seleção nunca venceu uma Copa América fora do Brasil.
O time tem quatro triunfos na competição: 1919, 22, 49 e 89.
Para chegar ao seu objetivo, a seleção terá que superar um adversário mais temível que os jogadores bolivianos: a altitude de La Paz.
A cidade fica a 3.660 metros acima do nível do mar.
Como a equipe não teve tempo para uma preparação adequada para jogar na altitude, deixará Santa Cruz de la Sierra (416 metros acima do nível do mar) apenas horas antes do início do jogo. A cidade abrigou os jogos da equipe até agora.
O título também dará força e tranquilidade para o técnico Mario Jorge Lobo Zagallo continuar seu trabalho até a Copa da França, no ano que vem.
Para a seleção da Bolívia, a conquista da Copa América vale como um estímulo para brigar por uma vaga na Copa-98.
A equipe está em situação delicada nas eliminatórias sul-americanas para o torneio.
A perda da Copa América para o Brasil acabaria, definitivamente, com os ânimos dos jogadores e torcedores.
A Bolívia conquistou apenas uma Copa América. Foi em 1963, quando o torneio também foi disputado no país.
Antes do início da partida contra o Brasil, os atletas que conquistaram esse título receberão uma homenagem da Federação Boliviana de Futebol.
Espião
Para tentar descobrir os segredos da seleção brasileira, os bolivianos contaram até com um espião nos treinos da equipe em Santa Cruz de la Sierra.
"O jogo do Brasil se baseia na individualidade de seus jogadores. É isso que teremos que controlar no domingo (hoje)", disse Manolo Núñez, auxiliar e espião de Antonio López, técnico da Bolívia.
Para anular o ataque brasileiro, a maior arma é o zagueiro Peña, que joga no Valladolid (Espanha).
Numa partida do Campeonato Espanhol, o jogador anulou Ronaldinho, e seu time bateu o Barcelona por 3 a 1.
A Bolívia terá a mesma formação que derrotou o México por 3 a 1, de virada, na última quarta-feira, pelas semifinais da Copa América, em La Paz.

LEIA MAIS sobre a Copa América nas págs. 4-2, 4-3, 4-4, 4-6, 4-7 e 4-10

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