São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Condenados devem recorrer

DA AGÊNCIA FOLHA, EM IMPERATRIZ

Os condenados se disseram "injustiçados" e negaram participação no crime. Seus advogados devem pedir novo julgamento. Eles ainda vão confirmar a decisão de apelar nos próximos dias, mas a tendência é de recorrer.
"Houve um nítido desejo de vingança no julgamento", afirmou Adailson Vieira, que achou sua pena, de 19 anos, "exorbitantemente exagerada". Adailson disse que a condenação de seu pai, o fazendeiro Geraldo Vieira, representou a "decretação da morte dele".
Vieira estaria com a saúde frágil e com um problema nas pernas. Assistiu ao julgamento numa cadeira de rodas e disse não ter ficado surpreso com a sentença. "Estava tudo marcado. Não mandei matar ninguém, é uma mentira que inventaram, mas a verdade do homem hoje não vale nada."
"Não fui injustiçado. Tudo o que Deus faz para a gente é bom. Sou inocente. Estou feliz. Só queria que eles (as testemunhas e assistentes de acusação) tomassem consciência de que nem o mentiroso nem o falso testemunho herdarão o reino dos céus", disse Guiomar Teodoro.
Ele disse que foi condenado sem provas. "Umas dez testemunhas falaram que nunca me viram."
A defesa contestou os depoimentos de Lurdes Goi e Domingos Furlan, ex-agentes da CPT, que disseram ter "tomado conhecimento" por outras pessoas de uma reunião na casa da família Teodoro, em Augustinópolis (TO), onde a morte do padre teria sido tramada.

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