São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997![]() |
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'Técnica' não é novidade
EDUARDO OHATA
Especialista em táticas sujas, o peso pesado polonês Andrew Golota, que ganhou notoriedade ao perder por desclassificação para Riddick Bowe em duas vezes, já mordeu o pescoço de um adversário. Em maio de 1995, Golota enfrentava o tonganês Samson Po'Uha, um pegador. Logo no início da luta, Golota percebeu que teria problemas pela frente, pois sentiu os golpes do adversário. Golota não teve dúvida: deu uma mordida no pescoço de Po'uha, que, assustado, foi finalmente nocauteado no quinto assalto. O combate entre o britânico Herbie Hide e o norte-americano Michael Bentt, válido pelo cinturão dos pesados da Organização Mundial em 1994, entre outros golpes irregulares, também foi marcado por mordidas, desta vez nos ombros. O combate era válido pelo título dos pesos pesados pela OMB (Organização Mundial de Boxe). Alguns especialistas acreditam que essa espécie de atitude denuncia o medo que se esconde no interior dos pugilistas. "Esse tipo de comportamento acontece com lutadores que não conseguem administrar a pressão, o medo da derrota", explica Teddy Atlas, ironicamente ex-treinador de Mike Tyson. "Em determinado ponto, eles deixam de raciocinar e passam a reagir de maneira instintiva, sem pensar nas consequências." Folclore Houve, na década de 80, um peso pesado norte-americano apelidado de "Vampire" Johnson. O lutador era levado de seu vestiário até o ringue em um caixão. "Vampire", porém, nunca mordeu para vencer uma luta. Ele jamais disputou um título mundial. Texto Anterior: A luta assalto por assalto Próximo Texto: Vingança suspende Tyson e ameaça bolsa Índice |
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