São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Micro substitui técnicas artesanais

HEINAR MARACY
FREE-LANCE PARA A FOLHA

A serigrafia e outras técnicas artesanais para a confecção de placas, faixas ou maquetes estão entrando na era da informática.
Uma nova linhagem de equipamentos controlados por computador está permitindo cortar, imprimir e entalhar materiais como plástico, vinil, madeira e até alumínio.
Esses equipamentos deram origem a um novo mercado, já estabelecido nos EUA, mas que só agora está apresentando crescimento no Brasil: o de sinalização.
Entre os principais equipamentos utilizados nesse mercado, estão as plotters de recorte -que permitem fazer faixas e adesivos em vinil- e as routers -máquinas de grande porte, que esculpem madeira, plástico e outros materiais, servindo para produzir placas, troféus e até mesmo móveis.
"A abertura da economia brasileira e a alíquota zero do Imposto de Importação provocaram uma queda brutal do preço desses equipamentos", diz Roberto Coutinho, gerente da Sign Supply, representante da Gerber, um dos maiores fabricantes norte-americanos de routers.
Segundo Coutinho, esse foi um dos motivos do boom que o mercado de sinalização vem apresentando nos últimos dois anos. Para Coutinho, até 93 existiam apenas dez máquinas Gerber no país. "De 94 a 96, foram vendidos mais de 150 equipamentos, com preços entre US$ 20 mil e US$ 65 mil."
Para Roberto Pereira, sócio da Evidence, empresa que fabrica displays, protótipos e luminosos, outro fator que impulsionou o mercado foi a chegada de novos materiais para sinalização.
"Há alguns anos só existiam acrílico e PVC. Hoje é possível encontrar materiais sofisticados, como plásticos que, imitando latão ou granito na superfície, têm uma segunda camada de outra cor, revelada no entalhe. Esse tipo de material resulta em uma peça com um acabamento muito bom."
Para pequenos
O aparecimento de equipamentos menores e de baixo custo também tem estimulado o mercado de sinalização.
A Roland DG, uma das líderes no setor de plotters de recorte, lançou neste ano uma miniplotter, a Stika, ao preço de US$ 900.
"Quem mais se interessou pelo produto foram pequenas empresas que trabalhavam com serigrafia e queriam se informatizar, além de designers e empresas de editoração eletrônica", diz Takao Shirahata, diretor da Roland.
Nesse segmento, o mercado já está começando ficar saturado, segundo Ana Laura Gomes, proprietária da Emblema, microempresa que faz "de agulha a bomba atômica", em termos de sinalização.
"Estamos sofrendo hoje o que aconteceu com o mercado de editoração há cinco anos. Muita gente está entrando, oferecendo serviços de baixa qualidade e praticando preços absurdamente baixos."
Para ela, as faixas em vinil não vão substituir o silk-screen. "O vinil serve apenas para pequenas quantidades. Quando você precisa de grande volume, o silk ainda é mais competitivo."

Onde saber mais - Emblema, tel. (011) 3021-3564; Evidence, tel. (011) 6954-7197; Roland, tel.(011) 842-0784; Sign Supply, tel. (011) 816-4642

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