São Paulo, segunda-feira, 30 de junho de 1997
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Deguste a cidade com os olhos e o paladar

DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Passeios de um dia podem começar em um café na praça da Ribeira. De lá, faça uma visita às caves do outro lado do rio e ao mercado a céu aberto.
Termine no meritoriamente batizado café Majestic, salão de chá decorado com espelhos e imagens de anjos no estuque.
A partir da praça da Ribeira, uma leve caminhada leva até a igreja de São Francisco. Ela possui impressionante interior barroco, com detalhes esculpidos que lembram as estruturas góticas do século 14.
A igreja não abriga mais serviços religiosos regulares. Ela é usada principalmente para concertos e produções teatrais.
Atrás da igreja, o Palácio da Bolsa, feito por volta de 1840, é uma testemunha da rica história comercial da cidade.
Sua grande escadaria de granito é típica da tradição local de escultura em pedra, o hall árabe é inspirado em Alhambra (Espanha).
No número 144 da rua das Carmelitas, na frente da torre dos Cléricos, fica a livraria Lello & Irmãos, fundada em 1906.
Com uma extravagante escadaria de madeira no estilo neogótico e janelas de vidros manchados, ela vende livros dos maiores escritores do século 19, entre eles o poeta romântico Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós, que foram publicados pela própria livraria.
Trem de luxo
Ali perto, na praça Almeida Garrett, a sala de espera da estação de trem São Bento (inaugurada em 1896) é decorada com azulejos pintados em 1930 que retratam eventos históricos locais e a vida rural do norte de Portugal.
A catedral, chamada de Sé, inicialmente uma igreja-fortaleza do século 12, domina a visão da cidade do alto da colina Pena Ventosa.
Feita de granito, ela tem um gracioso claustro medieval e duas torres ligadas por arcadas. Os outros elementos arquitetônicos vão do romanesco ao gótico.
Abaixo da Sé está a ponte Dom Luís 1º, construída em 1886 por uma empresa belga que encontrava inspiração nos trabalhos em aço feitos por Gustave Eiffel.
Na vizinha Vila Nova de Gaia, estão cerca de 80 caves de vinho do porto. Seus telhados alaranjados criam uma espécie de patchwork.
A maioria das caves não cobra entrada de seus visitantes e ainda oferece degustação no fim do passeio. Duas dessas caves se destacam no tratamento ao visitante.
Na Sandeman (largo Miguel Bombarda, 3, tel. 00-351-2/ 370-2293), há um pequeno museu com um barco rabelo exposto.
Essa cave abre diariamente das 10h às 12h30 e das 14h às 18h, de abril a setembro. Entre outubro e março, ela abre das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h30.
Vizinha da Sandeman, a Ramos Pinto tem extraordinária coleção de pôsteres publicitários dos anos 20 e 30. Reproduções estão à venda. A cave fica na avenida Ramos Pinto, 380, tel. (00-351-2) 300-716. Abre nos dias úteis, das 10h às 18h, e aos sábados, das 10h às 13h.

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