São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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Estímulos calculados; Reedição de 94; Sentiu o golpe; Palanque pronto; Direta presidencial; Recuo estratégico; Ministério virtual; Enchendo o currículo; Ninho de fofocas; 20 anos é pouco; Homofobia católica; Piada brasiliense; General da Sorbonne; Trailer de 98; Ver para crer

Estímulos calculados
Estrategistas da reeleição de FHC escolheram Lula como o adversário ideal para 98. O presidente deverá estimular a polarização com o petista. Exemplos: em entrevistas, o tucano criticou Lula e disse que não o receberá mais no Palácio do Planalto.

Reedição de 94
Na visão de FHC, Lula será um adversário previsível. Avalia que a "crítica estrábica" do PT ao Plano Real continuará a render votos em 98. De quebra, ao fortalecer o petista, enfraquece uma outra candidatura de oposição.

Sentiu o golpe
O PT vai usar suas vinhetas de TV, que vão ao ar a partir de domingo, para se defender da acusação de corrupção feita pelo militante Paulo de Tarso Venceslau. O ataque ao governo FHC ficará em segundo plano.

Palanque pronto
O governo quer aprovar o novo Código de Trânsito a tempo de FHC sancioná-lo, com pompa e circunstância, em 25 de julho, dia de São Cristóvão, padroeiro de motoristas e taxistas.

Direta presidencial
Kandir cogitou continuar no Ministério do Planejamento no eventual 2º mandato de FHC. Mas, em conversa com o presidente, ouviu incentivo para disputar uma vaga na Câmara a fim de ajudar o PSDB paulista.

Recuo estratégico
O Planalto avalia que não dá mais para acabar ou alterar as regras do segundo turno da eleição de 98, como querem os senadores. Não haveria mais tempo. E, para enfrentar Lula, julga que o sistema atual já está bom.

Ministério virtual
FHC ordenou que o Emfa (Estado-Maior das Forças Armadas) inicie em 98 a implantação do Ministério da Defesa. Por mais que o ministério ainda não esteja criado, quer que os militares ajam como se já estivesse.

Enchendo o currículo
Maldade pefelista: após a pérola sobre a inevitabilidade do crime, Iris Rezende tomou outra atitude que se choca com o cargo de ministro da Justiça. Capitaneou manobra pró-Paulo Afonso (PMDB-SC), que rasgou a Constituição para emitir títulos.

Ninho de fofocas
Maldade tucana: deputados do PSDB brincam dizendo que FHC quer resgatar a reputação dos políticos da Amazônia. Para isso, indicaria o ex-deputado Ronivon "Leso" Santiago para a superintendência da Suframa.

20 anos é pouco
Marqueteiros que trabalham habitualmente para o governo FHC foram ao México. Vão observar as eleições de domingo. Lá, o partido do governo (PRI) está no poder há 70 anos.

Homofobia católica
Do arcebispo de Maceió, d. Edvaldo Amaral, em "O Jornal", sobre o projeto de união civil gay: "Um cachorro pode até cheirar o outro do mesmo sexo, mas eles não têm relação. Sem querer ofender os cachorros, acho isso uma cachorrada".

Piada brasiliense
FHC ficou chateado com Zagallo. Acha que o técnico da seleção brasileira, que classificou de impatrióticos os críticos, copiou um bordão dele. Está pensando em cobrar direitos autorais.

General da Sorbonne
De Genoino (PT), sobre FHC dizer que a "ditadura da minoria" dificulta a reforma da Constituição: "A minoria virou bode expiatório para a maioria justificar sua incompetência. Isso tem nome: autoritarismo ilustrado".

Trailer de 98
A tradicional briga entre PFL e PSDB na Bahia está beirando a baixaria. Os dois partidos têm trocado críticas pesadas recentemente em propagandas na TV.

Ver para crer
A Câmara articulou com o Senado um sistema de consulta mútua para a reforma da legislação eleitoral. A idéia é que o projeto a ser votado pelos deputados leve desde já o aval dos senadores. Para andar mais rápido.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Esperidião Amin (PPB-SC), sobre lideranças peemedebistas argumentarem que o julgamento de Paulo Afonso (PMDB-SC) atropela os trabalhos da CPI dos Precatórios:
- É de um cinismo atroz. Não invocaram isso quando votaram, há mais de um mês, o impeachment de Divaldo Suruagy (PMDB-AL). Mas é que lá houve um jogo de cartas marcadas.

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