São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997 |
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Em vez do Real, FHC fala sobre obras na TV
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou o pronunciamento à nação, feito ontem, para divulgar obras e projetos do programa "Brasil em Ação". Oficialmente, cadeia nacional de rádio e TV foi convocada para marcar a passagem do terceiro aniversário do Plano Real, que é comemorado hoje.FHC reafirmou que um dos principais compromissos do seu governo continua sendo "manter a inflação sob controle". No pouco espaço em que se referiu ao Plano Real e à moeda, o presidente afirmou que "a renda dos mais ricos caiu proporcionalmente um pouco e a dos mais pobres subiu um pouco". Segundo ele, das vantagens do Plano Real "a que mais fala ao (seu) coração é ter permitido que cerca de 13 milhões de pessoas ultrapassassem a linha de pobreza". FHC não citou o Proer, o programa de salvamento dos bancos pelo qual o BC (Banco Central) já liberou mais de R$ 20 bilhões. Ao se referir ao "Brasil em Ação", o presidente disse que seu governo tem assentado em média 50 mil famílias por ano, contra uma média histórica de 12 mil famílias. Citou também os programas de gerações de empregos e de incentivo à agricultura familiar (Pronaf). Sobre o Pronaf, anunciou que o programa tem R$ 1,5 bilhão para atender 600 mil famílias. A Folha mostrou em sua edição de anteontem que o "Brasil em Ação" transformou-se na principal peça de campanha de reeleição do presidente da República e deve movimentar a sua agenda ao longo deste e do próximo ano. Só na área de transportes, o projeto prevê investimentos de R$ 4,6 bilhões -sete obras devem ser inauguradas até a eleição. No pronunciamento, o presidente citou especificamente duas grandes obras viárias, a duplicação da Fernão Dias e da BR-101. O discurso foi escrito pelo próprio presidente no último sábado e gravado na biblioteca do Palácio da Alvorada no domingo à tarde. O pronunciamento demorou 7min50s. FHC disse que instruiu os líderes do governo no Congresso para que o valor real das aposentadorias seja mantido "de modo que nunca mais ocorra o que houve na época da inflação, quando tudo subia menos as pensões e aposentadorias". Na questão do desemprego, o presidente afirmou que as estatísticas "não mostram uma escalada do desemprego". FHC reconheceu que o problema é maior no eixo Rio-São Paulo, mas afirmou que há expansão da indústria no Nordeste, em Minas e no Sul. Texto Anterior: Em resposta a FHC, Lula cita Adolf Hitler Próximo Texto: Técnico vai comandar Suframa Índice |
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