São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997
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Testes em rio podem atrasar fura-fila

MARCELO OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Engenheiros da SPTrans (São Paulo Transportes) iniciaram ontem a vistoria nas estruturas dos tampões sobre o rio Tamanduateí, na avenida do Estado. Dependendo do resultado dos exames, a instalação da primeira linha de fura-fila, apelido do VLP (Veículo Leve sobre Pneus) pode atrasar.
A primeira linha do fura-fila será a Parque D. Pedro (centro) - Sacomã (zona sudeste de São Paulo).
Os primeiros dois quilômetros da futura linha vão passar sobre o tampão do rio Tamanduateí, na avenida do Estado, entre o parque e a praça Alberto Lyon, na Mooca.
Os resultados dos exames devem sair em um mês. Os primeiros 15 dias devem ser gastos com filmagens e fotografias da estrutura.
Quinze dias depois, os engenheiros devem divulgar um laudo com o diagnóstico dos tampões.
Reforço
"O laudo dirá se a estrutura do tampão suportará o fura-fila ou se será necessário fazer um reforço na estrutura ou na laje dos tampões", afirmou Gabriel Chauar, gerente de projeto da SPTrans.
Caso o laudo "condene" os tampões, Chauar disse que a reforma das estruturas será feita pela prefeitura.
Chauar diz que a reforma não atrasaria o fura-fila. "Será uma obra a mais, não um atraso no cronograma."
Segundo Chauar, a linha D. Pedro - Sacomã será posta em funcionamento em 98. Ele disse que não há um mês definido para a entrega da obra.
A concorrência para a construção das vias exclusivas para o VLP e dos pontos de parada, segundo Chauar, deve sair em setembro do ano que vem.
Máscaras
Durante o período de testes, os técnicos da prefeitura terão de usar máscaras antigás e serão monitorados pelo Corpo de Bombeiros por questões de segurança.
Os engenheiros têm de verificar as condições das estruturas por baixo e é necessário navegar nas águas do rio.
A presença dos bombeiros é para verificar se há segurança para navegação no rio. Em caso de chuva, como ocorreu no último fim de semana, o rio sobe. Se o Tamanduateí estiver muito cheio é impossível navegar, pois o barco pode bater contra os tampões.
Segundo a SPTrans, o exame das estruturas pode levar mais de 15 dias, caso chova e suba muito o nível do Tamanduateí.
As máscaras, segundo Chauar, são para suportar o cheio dos gases emitidos pelos poluentes dispersos nas águas do rio.
Chauar disse que não é possível afirmar se os gases emitidos pelo rio podem ou não comprometer as estruturas dos tampões.

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