São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997 |
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Técnico acusa perseguição
AURÉLIO GIMENEZ
Ele afirmou que se considera "um vencedor" e que aceita críticas, desde que não sejam feitas por aqueles que "sempre esperam uma derrota" da seleção. Zagallo desembarcou às 4h50 de ontem no aeroporto internacional do Rio de Janeiro. Foi aplaudido pela pequena torcida que aguardava a chegada da seleção. Sorridente, só mudou a fisionomia ao mandar um recado para seus críticos. * Pergunta - Por que o desabafo ao final da partida? Zagallo - Aquilo foi verdadeiro, é o que eu sinto. Mas foi um desabafo momentâneo, agora estou muito satisfeito com um título inédito, conquistado fora do país. Pergunta - A quem se dirigiam aquelas palavras? Zagallo - Representamos o povo brasileiro, conquistamos um grande título. Aquilo foi para as pessoas que sempre me combatem, que sempre falam mal. Eles mereceram aquele desabafo. Não preciso citar nomes. Todo mundo sabe quem são, quem vive dentro do esporte conhece aqueles que não têm dignidade, não têm moral. Eu sou um vitorioso e acho que isso incomoda alguns. Pergunta - O senhor não aceita críticas ao seu trabalho? Zagallo - Sou uma pessoa honesta, que vivo do meu trabalho. Não aceito é perseguição. A crítica construtiva faz parte e auxilia o meu trabalho. Porém alguns não são dignos de uma profissão que tem o microfone na mão e que passa idéias para o público. Não são vocês aqui, vocês sabem quem são. Eles sempre esperam uma derrota, apostam numa derrota, quem sabe um dia eles acertam. Enquanto isso, eles vão ter que me aturar. Pergunta - Foi difícil jogar na altitude? Zagallo - Sempre é difícil jogar na altitude de La Paz, mas estamos aprendendo. Valeu a experiência de tantos anos de competições e de alguns jogadores. Estamos no caminho certo. Texto Anterior: Zagallo reabre briga por vagas na seleção Próximo Texto: Jornal destaca 'derrota digna' Índice |
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