São Paulo, terça-feira, 1 de julho de 1997 |
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Transição burocrática e financeira continua
GILSON SCHWARTZ
Foi feita uma auditoria nos ativos e passivos do governo de Hong Kong pela KPMG Peat Marwick, com data limite de 31 de março de 1997. No último dia 28, o Grupo de Ligação Sino-Britânica declarou oficialmente aprovado o relatório, mas deixou em aberto a possibilidade de "completar os arranjos" relativos a essa questão. Reservas cambiais O destino das reservas cambiais (US$ 62 bilhões) de Hong Kong é um dos temas polêmicos nos meios financeiros locais. Outro aspecto burocrático delicado diz respeito à transferência dos arquivos sobre relações exteriores, defesa e administrativos. O representante britânico divulgou também no último dia 28 um comunicado confirmando a transferência dos arquivos. No entanto, as autoridades chinesas exigem comunicado prévio sobre a eventual divulgação do conteúdo dessas informações. Os britânicos tiraram cópias de inúmeros documentos alegando "propósitos de estudos históricos". O governo britânico deverá consultar o da China, por meio da embaixada chinesa em Londres, pelo menos três meses antes de divulgar qualquer documento que vier a ser copiado. Administração Pelo menos no médio prazo, há consenso de que o governo chinês deverá manter nos seus cargos a elite burocrática que vinha servindo à autoridade colonial britânica. Essa orientação aliás tem sido citada como evidência de que os chineses estariam mesmo dispostos a preservar ao máximo a autonomia administrativa de Hong Kong. Os burocratas britânicos, entretanto, foram desmobilizados num processo gradual, ao longo dos último dois anos, restando na fase final pouco mais de 2.000 funcionários. A nova Lei Básica da Região Administrativa de Hong Kong exige que as principais autoridades sejam cidadãos chineses com residência permanente e sem qualquer direito em países estrangeiros. (GS) Texto Anterior: Fala de Tung é nacionalista Próximo Texto: Ásia é a região mais bem-sucedida do século Índice |
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