São Paulo, quarta-feira, 2 de julho de 1997
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Polícia Civil decreta estado de greve em SP

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Civil de São Paulo está em estado de greve por melhores salários. A decisão foi tomada logo após o episódio envolvendo a Polícia Militar de Minas Gerais.
Caso as negociações com o governo não avancem, a greve deve começar no dia 9 de agosto. Nesta sexta-feira, as entidades de classe da Polícia Civil afirmam ter marcada uma reunião decisiva com Walter Feldman, chefe da Casa Civil do governador Mário Covas.
Se o resultado do encontro for negativo, os policiais realizam uma assembléia, na parte da tarde, na sede do sindicato dos investigadores, para preparar a greve.
Ontem à noite, o Palácio dos Bandeirantes não confirmou a reunião e informou que as negociações deverão ser iniciadas na Secretaria da Segurança Pública.
Os policiais civis estão reivindicando 88,68% de reajuste salarial, segundo Paulo Roberto Siquetto, presidente do sindicado dos delegados. O piso da categoria, recebido por escrivães e investigadores, gira em torno de R$ 600.
"A greve da PM de Minas acendeu os ânimos de todos os policiais. O governo vem empurrando essa questão (salarial) com a barriga há muito tempo. O que aconteceu em Minas foi um estopim", declarou Siquetto.
Segundo ele, o governo está tratando o assunto com descaso. "Temos que chegar ao extremo para reabrir as negociações."
Covas informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai tratar o assunto pela imprensa. O secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, não se pronunciou a respeito do estado de greve, pois não foi comunicado oficialmente sobre o assunto.
Polícia Militar
A área de finanças da PM de São Paulo sugeriu ontem que as entidades de classe da corporação baixassem a reivindicação de R$ 1.050 de piso salarial para R$ 884.
A proposta está sendo analisada pelas associações. O comando da PM informou ontem que ainda está aguardando a definição de uma data para discutir o assunto com o secretário da Segurança.
Atendendo parte das reivindicações dos subordinados, a PM comprou 6.249 coletes à prova de bala. A intenção é equipar todo o policiamento de rua, que faria as rondas com o colete, que passará a ser item obrigatório. Está sendo realizado ainda um estudo para modernizar o armamento da tropa.

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