São Paulo, quarta-feira, 2 de julho de 1997
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Transgressão de Leila Diniz volta em ciclo no MIS

MARIANE MORISAWA
DA REDAÇÃO

O MIS (Museu da Imagem e do Som) presta, de hoje a domingo, uma homenagem à atriz Leila Diniz, morta há 25 anos em um acidente de avião, quando tinha apenas 27 anos.
Oito filmes que têm Leila como atriz ou que retratam sua vida serão exibidos. Hoje, Luiz Carlos Lacerda, diretor de "Leila Diniz" (1987), e a antropóloga Miriam Goldenberg, autora de "Toda Mulher É Meio Leila Diniz", participam de debate, às 20h.
A filha de Leila com o cineasta Ruy Guerra, Janaína, deve estar presente. Recentemente, Janaína conseguiu suspender a exibição do programa "3 x Leila", no canal de TV paga GNT. A filha de Leila Diniz alega não ter sido consultada sobre a realização do programa.
Símbolo da liberação da mulher dos anos 60, Leila Diniz ficou famosa pelo jeito alegre e por atitudes como ir à praia, grávida, de biquíni, ou dar entrevistas, no auge da repressão militar, pontuada por palavrões.
"Leila marca uma transformação radical na história do comportamento brasileiro. Ela é responsável pela democratização da linguagem, pela dessacralização da imagem da mulher grávida. E fez toda essa transformação sem ter a intenção", diz Luiz Carlos Lacerda.
Depois do debate, o filme de Lacerda, que tem Louise Cardoso no papel de Leila, será exibido.
Amanhã, será apresentado "A Madona de Cedro", de 1968, dirigido por Carlos Coimbra e baseado em livro de Antonio Callado.
Na sexta, é a vez de "Edu, Coração de Ouro" (1968), de Domingos de Oliveira, ex-marido da atriz.

Ciclo: Leila Diniz
Onde: Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, Jardim Europa, tel. 011/852-9197)
Quando: de hoje a domingo
Quanto: entrada franca

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