São Paulo, quarta-feira, 2 de julho de 1997
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Sexo pela Internet é um bom negócio

DO "USA TODAY"

Madeleine Altmann, 33, acabou de enviar páginas com animações de seu corpo nu para um garoto, em Iowa, pelo computador.
Ainda com o corpo suado das luzes do estúdio e com mínima roupa além do chapéu amarelo e um cinto de couro, sua imagem parece pulsar do monitor. Para arquivar a imagem no micro, basta abrir o arquivo e transmitir.
Altmann é muito mais uma mestre das ciberfinanças do que uma miss de sensualidade.
"Sexo é ainda a palavra mais pesquisada na Internet. É por essa razão que nosso serviço cresce tanto", afirma a modelo pornô e empresária do site Babes4u.
Fácil acesso a sexo virtual transformou a pornografia em uma das poucas indústrias que atualmente ganham dinheiro na rede mundial.
O fluxo de caixa está empurrando a indústria de computadores a criar uma tecnologia mais rápida e eficiente para cobrar pela rede.
Altmann, por exemplo, já investiu mais de US$ 100 mil em linhas telefônicas especiais e equipamentos para seu pequeno site para oferecer aos usuários imagens de vídeo instantaneamente.
O custo foi muito alto para muitos outros pequenos empresários, que estão brigando para ganhar dinheiro on line.
"Os negócios pornô são os que estão desenvolvendo ferramentas que vão ser utilizadas pelos especialistas", diz Donna Hoffman, professora da Universidade Vanderbilt.
Não se trata de um novo papel na indústria da pornografia. Depois de se espalhar pelos computadores pessoais, a possibilidade de assistir e gravar material de sexo explícito acelerou o aluguel de videocassetes e de câmeras de vídeo.
Agora, os sites com conteúdo adulto são os primeiros a disputar as linhas telefônicas que transmitem simultaneamente dados, imagens e voz.
A Penthouse anunciou recentemente um investimento de US$ 10 milhões para oferecer canais de vídeo pelo computador, em um formato que lembra o da televisão.
Apesar de não existirem cifras exatas de quanto a ciberpornografia anda lucrando, uma pesquisa recente da Interactive Week estimou que cerca de 10 mil sites de adultos podem gerar US$ 1 bilhão por ano.
"Mais de um quarto das casas que têm computador, nos EUA, acionam, mensalmente, endereços de sexo", diz Bruce Ryon, vice-presidente do Port Washington, um serviço de medição.

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