São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997 |
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PFL controla comissão
LUIZA DAMÉ
Nos últimos três depoimentos -do governador Amazonino Mendes (PFL-AM), do governador Orleir Cameli (sem partido-AC) e do deputado José Jorge (PFL-PE)- os pefelistas lotaram o plenário da CCJ. O líder do partido, Inocêncio Oliveira (PE), esteve sempre de prontidão para evitar qualquer ataque aos pefelistas. "Agora eu vou embora, pois já cumpri o meu papel. Os depoimentos mostraram a isenção dos governadores e a isenção dos deputados. O PFL é um partido limpo", disse Inocêncio ontem no final do depoimento de José Jorge, presidente do partido. Campainha O presidente da CCJ, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), teve de acionar a campainha e pedir silêncio aos pefelistas que comemoravam o desempenho de José Jorge no depoimento. Alves queria dar início ao depoimento do senador Nabor Júnior (PMDB-AC), que não teve o apoio da cúpula peemedebista. O presidente do PFL teve de esclarecer os motivos que levaram o partido a expulsar os ex-deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do Acre. Eles disseram, em gravações obtidas pela Folha, que receberam entre R$ 100 mil e R$ 200 mil para votar a favor da reeleição. Segundo Nabor Júnior, os dois deputados peemedebistas do Acre -na época, Chicão Brígido (citado nas gravações como tendo vendido o voto) e Regina Lino- foram convencidos a apoiar a reeleição para evitar que o Estado fosse prejudicado na liberação de recursos federais. Recursos "Não poderia haver dispersão de votos. A prefeitura (de Rio Branco, administrada pelo PMDB) e o Estado estavam dependendo de recursos federais", disse. O senador disse que Chicão Brígido recebeu Cameli -acusado de ter participado da compra de votos- no seu gabinete para discutir reeleição. "Mas ele me garantiu que o Cameli não fez proposta nenhuma", afirmou Nabor. Texto Anterior: A briga pelo poder na Suframa Próximo Texto: Senador vincula votação a verba federal Índice |
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