São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997 |
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Campeonato permanece inadequado
MATINAS SUZUKI JR.
No primeiro semestre são disputados os torneios estaduais, no segundo, o Brasileiro. Com raríssimas exceções, não há continuidade no trabalho dos times ao longo do ano. Assim, fica difícil fazer uma previsão do desempenho técnico desses clubes para o Brasileiro. Até dois ou três meses atrás, parecia que teríamos um grande Brasileiro em 97. Nunca houve tanto dinheiro à disposição dos clubes, a TV entrou na era da profissionalização do futebol, o campeonato tinha a perspectiva de desinflar. Tudo foi para o brejo em pouco tempo, e as perspectivas de modernização do torneio em prazo curto atolaram. Permanecem o número inadequado de concorrentes e a fórmula irracional de disputa. No final, pode dar qualquer coisa. A fórmula ideal para um campeonato nacional é a de pontos corridos, com até 20 clubes. Filosoficamente, é a mais adequada para o futebol, pois valoriza a regularidade e a qualidade. Dizem que o brasileiro adora o mata-mata. Não é bem verdade. Nós perdemos a memória do sistema dos pontos corridos que, para funcionar bem, requer dois ou três anos seguidos de uso. Além disso, já temos a Copa do Brasil disputada na fórmula mata-mata -que também é a mais democrática. Não é conceitualmente correto disputar os dois principais títulos nacionais no mesmo sistema ou quase. Texto Anterior: Goleiro é restringido Próximo Texto: Mutreta vira marca Índice |
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