São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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Crise no Pará deixa Exército de prontidão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As tropas do Exército da Região Norte ficaram ontem de prontidão à espera de uma ordem do Palácio do Planalto para intervir no Pará, como aconteceu na semana passada em Minas.
Até o início da noite, o governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), não tinha formalizado ao presidente Fernando Henrique Cardoso o pedido de emprego de tropas federais para a manutenção da ordem e segurança no Estado.
Uma informação dos organizadores da greve, porém, dava conta de que Gabriel pediu tropas do Exército de Belém para garantir sua segurança e para acompanhar a manifestação de hoje.
A Folha apurou que o governo federal não pretende deslocar tropas para o Pará. Em caso de intervenção, o contingente do Exército no Estado seria suficiente, na avaliação do governo.
As tropas do Exército estavam ontem no que os militares chamam de "alerta mais baixo", ou seja, preparadas para entrar em ação em pouco tempo.
A movimentação dos policiais militares do Pará estava sendo acompanhada pela agência regional da Subsecretaria de Inteligência da Presidência da República.
Ela repassava informações para a Casa Militar da Presidência -juntamente com os comandantes militares da Região Norte-, que fazia chegar as informações a FHC.
A exemplo do colega mineiro, o também tucano Eduardo Azeredo, Almir Gabriel pode se valer da Lei Complementar 69 (julho de 91).
Essa lei define como as Forças Armadas podem ser usadas dentro e fora do país e prevê que qualquer um dos chefes dos Três Poderes da República (Executivo, Legislativo e Judiciário) pode pedir o uso das tropas para a preservação da ordem pública.

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