São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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Acaba greve da saúde em São Paulo

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os servidores da saúde do Estado de São Paulo encerraram a greve ontem, quando completariam o 30º dia paralisados.
A categoria decidiu aceitar a proposta feita anteontem pelo governador Mário Covas. O governo ofereceu R$ 50 de acréscimo no salário de todos os funcionários (cerca de 90 mil no Estado) e a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais.
A decisão de aceitar a proposta de Covas e voltar ao trabalho foi tomada ontem pela manhã durante assembléia no centro de São Paulo. Cerca de 1.500 grevistas, segundo o Sindsaúde (sindicato da categoria), compareceram e votaram pelo fim da paralisação.
Os manifestantes reivindicavam 124% de reajuste salarial, redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, aumento do vale-refeição de R$ 2,00 para R$ 8,40 e incorporação das gratificações no salário-base.
"Apesar de não ser o que estávamos pedindo, resolvemos aceitar a proposta porque achamos que era o momento de suspender a greve", disse Sandra Maria Mariano, diretora do sindicato.
O "momento" de interromper a paralisação pode ter sido antecipado pela pequena adesão ao movimento. Segundo a secretaria da Saúde, a greve não atingia mais do que 5% da categoria. O sindicato, no entanto, avaliava a adesão em cerca de 40% em alguns hospitais.
Sem o reajuste prometido por Covas, o salário-base dos servidores é de R$ 220. (LUCIA MARTINS)

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