São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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UNE propõe avaliações interna e externa

MALU GASPAR
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

Uma avaliação interna da universidade, seguida por avaliação externa, realizada pela sociedade, seria, para a UNE (União Nacional dos Estudantes), a melhor alternativa ao provão do MEC para avaliar a qualidade dos cursos superiores no Brasil.
Esse é o princípio de avaliação que a diretoria da entidade quer discutir, detalhar e aprovar no congresso da entidade que começou ontem em Belo Horizonte (MG) e que vai até domingo.
A expectativa é de reunir 7.000 estudantes. Ontem haviam chegado 2.000.
Para o presidente da UNE, Orlando da Silva Júnior, a proposta de avaliação para as universidades brasileiras deveria ser transformada em um programa governamental e realizado em duas fases.
A primeira seria a avaliação interna, feita por uma comissão de professores, alunos, técnicos e a administração da universidade.
Seriam avaliados estrutura física, número de professores e quantidade de mestres e doutores, além de uma avaliação dos alunos sobre os professores.
A avaliação externa da universidade viria depois, comparando a formação dos profissionais, a produção científica e cultural com as necessidades da sociedade.
Sociedades científicas (como a SBPC -Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), conselhos de profissionais, sindicatos, entidades empresariais, movimentos sociais e instituições governamentais participariam desta etapa.
O provão seria abolido. Silva Júnior disse que o congresso da UNE deve aprovar uma campanha permanente contra o exame nas universidades para a próxima gestão da entidade, que será eleita no domingo. Até o fechamento desta edição, os coordenadores do Exame Nacional de Cursos não haviam sido encontrados para comentar as propostas da UNE.
Outras discussões
Além do provão, também devem ser discutidos no congresso outros problemas relativos à universidade, como abertura de vagas e mensalidades.
Também estão planejados debates sobre o movimento estudantil e o cenário nacional.
As discussões são feitas em grupos de estudantes e depois são votadas por todos os delegados numa assembléia (a plenária final).
A plenária também escolhe, no final do congresso, a nova diretoria da entidade.

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