São Paulo, quinta-feira, 3 de julho de 1997
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Assinado 1º contrato de celular privado

FRANCISCO CÂMPERA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O consórcio Americel, até agora o único ganhador da banda B -fatia da telefonia celular destinada à iniciativa privada-, vai colocar 50 mil linhas à venda no Distrito Federal em novembro.
O grupo foi candidato único à área 7 (Centro-Oeste) e, como foi habilitado tecnicamente, ganhou também o direito à concessão.
O Americel também prometeu mais 50 mil linhas para Goiânia até janeiro de 1998. A meta é atender em um ano todas as cidades com mais de 200 mil habitantes na região Centro-Oeste.
"Nosso objetivo é, nesse período, massificar o serviço, atingindo 10% da população", afirmou Gerard Vazquez, vice-presidente internacional da Telesystem, uma das empresas do consórcio.
Ontem, o Americel assinou contrato com o Ministério das Comunicações e quitou 40% (R$ 135,4 milhões) dos R$ 338,5 milhões que pagará pela concessão da banda B. Os 60% restantes serão pagos em três parcelas anuais.
O ágio pago pelo consórcio foi de 25% em relação ao preço mínimo (R$ 270 milhões) estabelecido.
As empresas que formam o consórcio Americel são a Bell Canadá, a Telesystem (telefônica canadense), fundos de pensão brasileiros, grupo La Fonte, Banco do Brasil, Citibank e banco Opportunity.
Depois de fechar contrato no ministério, o representante do Americel participou da solenidade de outorga da concessão no Planalto.
Fiscalização
O secretário-executivo do ministério, Renato Guerreiro, disse que o dinheiro será destinado ao Fistel -órgão de fiscalização do setor.
Os R$ 85 milhões restantes, segundo Guerreiro, ficarão no Fistel até a aprovação da Lei Geral de Telecomunicações, que deve ser votada pelo Senado ainda este mês.
Esse dinheiro irá para dois fundos que serão criados pela nova lei: universalização e de tecnologia.
Investimentos
Segundo Gerard Vazquez, o consórcio vai investir R$ 750 milhões nos próximos três anos, gerando 1.800 empregos diretos.
Ele afirmou ainda que a tecnologia digital será usada pelo Americel. Atualmente a tecnologia empregada na chamada banda A -parte estatal da telefonia celular- é a analógica.
Vazquez explicou que a digitalização permite menor risco de interferência nas ligações.
Outra vantagem, segundo o vice-presidente, é que as ligações "caem" com pouca frequência.
Como a demanda por celulares é grande, a velha fórmula da fila para conseguir uma linha continuará em vigor na banda B.

LEIA MAIS sobre telefonia na pág. 2-8

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